Diogo Freitas do Amaral

Diogo Pinto de Freitas do Amaral nasceu a 21 de julho de 1941, na Póvoa de Varzim. Foi professor universitário, político, diplomata, romancista e dramaturgo. Estudou no Liceu Pedro Nunes e na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Direito, em 1963. Enquanto estudante finalista presidiu à Mesa da RGA (Reunião Geral de Alunos) da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, e colaborou na revista "Quadrante", publicada por esta associação. Dedicou-se à carreira académica na mesma faculdade, e especializou-se em Direito Administrativo. A 19 de julho de 1974, fundou o Centro Democrático Social (CDS), com Adelino Amaro da Costa, Basílio Horta, entre outros. Também foi membro do Conselho de Estado de 1974 a 1975, e em janeiro de 1975 é eleito líder do partido, no congresso no Palácio de Cristal, no Porto. Foi deputado à Assembleia Constituinte pelo CDS, e formou com o PSD de Francisco Sá Carneiro, e o PPM de Gonçalo Ribeiro-Telles, a Aliança Democrática, que venceu as eleições legislativas de 1979 e as de 1980. Foi vice primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do VI Governo Constitucional. É Diogo Freitas do Amaral que anuncia na televisão aos portugueses a queda do avião que vitimou o primeiro ministro Francisco Sá Carneiro, em dezembro de 1980, assumindo a liderança interina do executivo. Assegura a transição para o governo de Francisco Pinto Balsemão, e assume as funções de vice primeiro ministro e ministro da Defesa do VIII Governo Constitucional, de 1981 a 1983, sendo no mesmo período, Presidente da União Europeia das Democracias Cristãs. Em 1984, como professor catedrático, cumpre cinco mandatos como presidente do Conselho Científico da Faculdade de Direito de Lisboa. Em 1986 foi candidato à Presidência da República, e é derrotado por Mário Soares. Em rutura com o partido que fundara, sob a presidência de Manuel Monteiro, que assumira a designação de CDS-PP, Freitas do Amaral deixa o partido em 1992. Entre 1995 e 1996 foi presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas. Aceita o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, como independente, do XVII Governo Constitucional liderado por José Sócrates, em 2005. Recebeu várias condecorações e distinções, e foi autor de várias obras literárias. Morreu aos 78 anos no dia 3 de outubro de 2019, em Lisboa.