Vista de Gonçalo; galinhas na rua; janela e porta de casa tradicional com molduras em alvenaria; igreja; idosa a caminhar na rua com cesto à cabeça e cântaro no braço; rosto da idosa a sorrir; pormenor do cântaro; soldado e idoso a conversar na soleira; focinho de cavalo; idosa com xaile preto na cabeça a caminhar; idoso a caminhar junto à igreja transportando vimes; plantação de vime; homem mostra vimes junto à plantação, corta varas ao meio e espeta-as na terra; fábrica: mulheres aperfeiçoam vimes com tesoura da poda; molhos de vime limpos; operárias espalmam varas com auxílio de máquinas e dividem-nas em três com auxílio de ferramenta; homens a trabalhar em mesas de carpinteiro e a entrançar cestos; vista das instalações; operários a entrançar cadeira e cestos de diferentes formatos. 07m36: Declarações de membros da Comissão de Trabalhadores sobre o ordenado que ganhavam antes do 25 de Abril, a recusa do patronato em pagar o ordenado mínimo nacional, o despedimento de trabalhadores, o pagamento de indemnizações insuficientes, a decisão de barricar a estrada para chamar a atenção das autoridades competentes, a criação da Cooperativa Operária de Gonçalo e a existência de cooperativas de consumo e produção na aldeia há 40 anos, ilustrado com operários a fabricar cestos e cadeiras e vista de Gonçalo. 11m55: Vista de Gonçalo; declarações de membro da Comissão de Trabalhadores sobre o ataque noturno indiscriminado da GNR contra a população, resultante do empate entre os candidatos presidenciais Humberto Delgado e Américo Tomás para as eleições presidenciais em 1958 e a negociação da fábrica com os patrões, ilustrado com operários a fabricar cestos e cadeiras, vista de Gonçalo; declarações de trabalhadora sobre a fama que têm de ser comunistas e a negociação da fábrica; operárias a trabalhar. 15m01: Declarações de membro da Comissão de Trabalhadores sobre o auxílio fornecido pela Federação das Cooperativas e pelo Ministério do Trabalho na criação da Cooperativa Operária de Gonçalo; exterior da fábrica; crianças na rua junto a casa senhorial; populares nas ruas; operários a trabalhar; em off, trabalhador declara que nunca tiveram intenção de ocupar a casa senhorial nem a fábrica, preferindo antes negociá-la; membro da Comissão de Trabalhadores refere que alguns empregados produzem menos do que produziam para os patrões; trabalhadora menciona que começou a trabalhar aos 12 anos, foi despedida em Agosto de 1974 e não nota diferença em trabalhar para os patrões ou a cooperativa. 19m33: Declarações de membro da Comissão de Trabalhadores sobre os salários inferiores ao salário mínimo nacional e a possível distribuição de lucros depois de feitas as contas; trabalhadora refere que as mulheres só participaram inicialmente nas reuniões; membro da Comissão de Trabalhadores esclarece que não existem mulheres na organização porque depois do horário de trabalho ainda têm de trabalhar em casa e no campo; trabalhadora explica que os homens trabalham mais em cadeiras e sofás, que ganham mais e que a cooperativa não tem dinheiro para pagar salários iguais; membro da Comissão de Trabalhadores acrescenta que há pessoas que dizem mal da cooperativa e que trabalhadores por conta própria preferem vender mais barato a outros clientes. 24m21: Idoso trabalha na soleira da porta e presta declarações sobre o tempo a que trabalha em cestaria por conta própria; escritos "Abaixo os Falsos Democratas" na fachada da fábrica; trabalhadores saem da fábrica e caminham na rua; homens a fazer trabalhos de construção civil; fachada de casa; rapaz no rés do chão tocar em acordeão a música "Somos livres? com letra e música de Ermelinda Duarte; pauta; sapateiro a trabalhar junto do rapaz; escadas de pedra interiores; plantação de vime, vista de Gonçalo.