Relíquias do Rio
Fruto da aventura bandeirante pelo interior brasileiro, o ouro de Minas Gerais constituiu o recurso necessário à proliferação da arquitetura barroca erigida no litoral do Brasil, no século XVIII, cuja história se inicia na Rota de Parati, porto de saída do ouro de Minas Gerais para Portugal. A formação de uma cultura luso-brasileira da qual o Barroco é expressão e Património da Humanidade e que nos conduz neste episódio à arte barroca no Rio de Janeiro, e aos vestígios da formação da cidade por Estácio de Sá no século XVI.
Resumo Analítico
Reinaldo Varela faz uma pequena introdução ao programa. Panorâmica de um mapa do Brasil, com as capitanias ocupadas pelos portugueses; imagem do Pão de Açúcar, alusão a Estácio de Sá, fundador do Rio de Janeiro, em 1565; gravura com caravela e botes do desembarque dos portugueses; imagem do Corcovado, com forte; pinturas alusivas a Dom Sebastião, aos soldados e marinheiros; mapa da baía de Guanabara; gravuras do interior e da costa do Rio de Janeiro; panorâmica actual da cidade do Rio de Janeiro com destaque para o Corcovado. Tabuleta de "Ladeira da Misericórdia" com plano da calçada ainda do século XVI, que dava acesso ao morro do castelo, coração do Rio de Janeiro nesse século; gravura antiga da cidade, arrasada pelos urbanistas do século XX; imagem das ruínas da ermida construída por Estácio de Sá; fotografia da Matriz de São Sebastião; gravura do Colégio dos Jesuítas anexo ao hospital e à igreja de Santo Inácio de Loiola. Vários planos da igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, século XVII; planos de fragmentos barrocos na fachada, que pertenciam a dois templos desaparecidos; interior da igreja; altar-mor, executado por frei Jorge de Esteves, no século XVI; dois planos de Santo Inácio de Loiola; várias pinturas; pormenores de talha dourada; panorâmica do altar-mor; púlpito, onde pregaram Manuel da Nóbrega e José de Anchieta; altar seiscentista de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal; pintura e planos de pormenores da imagem de Nossa Senhora; altar seiscentista também dedicado à padroeira, com pormenores da imagem; talha dourada com influência da natureza tropical; pintura de Jesus Cristo. Gravuras do Mosteiro de São Bento; imagem actual da fachada do edifício, na colina da Conceição, fundado em 1586 por dois monges portugueses, dedicado a Nossa Senhora de Monserrate; interior da Igreja de São Bento; capela, altar-mor de talha dourada com a imagem da Nossa Senhora de Monserrate; imagem de São Bento, fundador da Ordem, e de Santa Escolástica, autoria de frei Domingos da Conceição, natural de Matosinhos; panorâmica pelas pinturas laterais do altar, atribuídas a frei Ricardo do Pilar; lampadários de prata do mestre Valentim da Fonseca e Silva; capela de Nossa Senhora da Conceição construída pelo monge-arquitecto frei Bernardo de São Bento; detalhes de talha dourada, projectada por frei Domingos da Conceição e executada por Alexandre Machado Pereira; planos de pormenores do altar e da imagem; coluna em talha dourada, com inscrição de 1694 de frei Domingos da Conceição; vários padres, reis e imperadores, representados em talha, pelos escultores José da Conceição Silva e José Cunha; capela do Santíssimo Sacramento representativa da complexidade da talha portuguesa; altar de Nossa Senhora do Pilar; pilar de prata de mestre Valentim da Fonseca e Silva; escultura; plano geral do interior do templo; panorâmica do órgão, com pormenor de várias esculturas; sacristia e pintura do Senhor dos Martírios do pintor frei Ricardo do Pilar. Gravuras de aqueduto, construído no século XVIII, por Gomes Pereira de Andrade; Convento de Santa Teresa; azulejos alusivos a Santa Teresa e a Adão e Eva. Gravura antiga da Igreja de Nossa Senhora da Glória, erguida no início do século XVIII; exterior e interior da igreja; altar de Nossa Senhora da Glória, de estilo rococó; pormenores dos azulejos; púlpito; sacristia; pia; armário de jacarandá; pinturas do tecto; planos do sino e da cruz, e paisagem exterior do Corcovado. Niterói; fachada da igreja de São Francisco Xavier, construída pelos jesuítas, no final do século XVII; paisagem do norte do Rio de Janeiro. Itaboraí, povoação datada de 1696; igreja; gravura antiga da povoação contraposta com plano actual; matriz de São João de Itaboraí, século XVII; gravura antiga da povoação; Imagens actuais da povoação; planos da fachada de uma "casa-grande", da "sanzala" e da capela. Barra de São João, onde viveu Américo Vespúcio; ruínas do Convento de São Boaventura de Macabu, construído pelos franciscanos no século XVII.