Operação Atlântida II: Açores 1975 – Parte I
Primeira parte do programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) nas Ilhas do Pico e do Faial nos Açores, onde são recolhidos depoimentos de agricultores sobre os problemas que afetam a atividade e se sensibiliza para a bondade da organização e defesa conjunta dos seus interesses.
Resumo Analítico
Ilha do Pico, vista de encosta e campos; cume do Pico envolto em nuvens; camponês assenta pedras de basalto negro em muros típicos que dividem pequena propriedade privada na ilha; muros de basalto; travelling por estradas da ilha com vista sobre a pequena propriedade da ilha. 09h36m45: Camponês refere a agricultura na ilha, nomeadamente as razões que levaram à plantação de figueiras após o oídio ter dizimado o vinhedo e a história de como a primeira aguardente de figo surgiu, menciona a exportação de vinho da ilha, o porquê da fruta não ser rentável uma vez que há falta de água para a rega, revela o interesse económico da produção de aguardente mas lembra a falta de mão-de-obra por causa da emigração. 09h44m11: Populares que emigraram para os Estados Unidos da América (EUA) explicam que parte da população emigrou por causa da atividade vulcânica registada na ilha em 1957, juntamente com a falta de trabalho e dificuldades na produção agrícola que ali se registaram, dizem que ao invés do que se passa na ilha, na sociedade norte-americana as pessoas não se entreajudam e falam sobre as razões que os levaram a voltar; mulher afirma que o principal problema da atualidade não é o dinheiro mas a falta de conforto e acompanhamento social na terceira idade. 09h50m33: Tenente Luciano Cabral e Aspirante Ferreira, militares do MFA que acompanharam a reportagem, analisam em estúdio a forma como decorreu a dinamização cultural na Ilha do Pico, em concreto os problemas da emigração e do abandono da agricultura, declínio do vinho do Pico, a emigração e falta de organização dos trabalhadores que resulta em seu prejuízo quanto à riqueza que produzem.