Operação Atlântida II: Açores 1975 – Parte II

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Segunda parte do programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) nas Ilhas do Pico e do Faial nos Açores, onde são recolhidos depoimentos de trabalhadores das indústrias conserveira e baleeira sobre os problemas que afetam a atividade e se sensibiliza para a bondade da organização e defesa conjunta dos seus interesses.

  • Nome do Programa: Operação Atlântida II: Açores 1975
  • Nome da série: MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS
  • Locais: Arquipélago dos Açores
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Colaboração de Silva Campos, José Gregório, Manuel Patrício, Melo Cardoso, António Louro, Luísa Ruivo, Serradas Duarte e Hélder Mendes.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Barco "Espalamaca" atraca na Ilha do Faial; passageiros, na sua maioria militares, tem dificuldades a desembarcar por causa da instabilidade e agitação marítima; militares entram em autocarro; jipe circula em estrada. 03m55: Visita à fábrica de transformação de pescado parada (conservas), durante a qual os trabalhadores explicam as razões que levaram a estagnar da fábrica, contam que auferem um salário inferior ao salário mínimo e que a fiscalização para este caso é ineficaz, revelando que ainda não se sindicalizaram ou organizaram em associação para defesa dos seus interesses; trabalhador adianta solução para a fábrica que passa pela constituição de cooperativa de pescadores. 10m45: Pesca da baleia: pescadores remam em bote baleeiro, com canção em off "São Macário deu à costa", interpretada por Zeca Afonso; pescadores lançam arpão sobre o dorso de baleia, arpoam e perseguem o animal; baleia morta a boiar é arrastada pelos barcos; pescador na gávea. 14m14: Baleia é puxada para terra já na Fábrica da Baleia das Armações Baleeiras Reunidas de São Roque do Pico; homem corta a pele da baleia; Faial, rampa por onde são puxadas as baleias; trabalhadores de fábrica de transformação de baleia explicam o processo industrial, lembram a falta de mão-de-obra para o serviço, revelam ter assegurado o salário mínimo nacional, negam ter havido mais indústria na ilha do que a que existe na atualidade e afirmam-se satisfeitos com a subida do ordenado mínimo pelo MFA, mas descontentes com a subida dos preços ao consumidor. 20m15: Quando instados por militar a reivindicar os seus direitos junto dos patrões, os trabalhadores afirmam que os patrões só sobem os ordenados se a isso forem obrigados por lei, como aquela que o MFA fez sair quanto ao salário mínimo, acabando por concluir que só com um sindicato é que teriam força para reivindicar os seus direitos. Tenente Luciano Cabral e Aspirante Ferreira, militares do MFA que acompanharam a reportagem, analisam em estúdio a reportagem destacando os baixos salários e a exploração a que os trabalhadores estão ali submetidos, dando como solução a organização, sindicalização e constituição de comissões de trabalhadores para a implantação do socialismo, lembram ainda que dado o isolamento da população das ilhas a informação é veiculada pelos padres, caciques ou jornais locais. 26m51: Tenente Luciano Cabral evoca a importância estratégica dos Açores da qual os norte-americanos usufruem, acusa as forças reacionárias de se terem infiltrado e impedido a dinamização política e social dos Açores, após as ações inscritas na Operação Atlântida levadas a cabo em março, que não foram acompanhadas de ações de continuidade. 32m05: Aspirante Ferreira considera prioritária uma resposta aos problemas primários da população que sirva como estímulo à organização dos trabalhadores para que possam "travar o passo às forças que não estão interessadas na revolução" e Tenente Luciano Cabral diz que a reação opera à vontade nos Açores devido ao isolamento das ilhas.

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