Mário de Carvalho
Paula Moura Pinheiro conversa com o escritor Mário de Carvalho, sobre a literatura e a vida, a política e o mundo, tomando como mote o seu último livro, composto por duas novelas, "O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel".
Resumo Analítico
Paula Moura Pinheiro, apresentadora, faz o resumo dos temas a tratar e a apresentação do seu convidado: genérico. Reportagem sobre o último livro de Mário de Carvalho: declarações de António Mega Ferreira, escritor, grafismo com capas deste último livro e do "Quando o Diabo Reza", seu anterior (Jornalista: Inês Fonseca Santos). Destaque para monte de livros da autoria de Mário de Carvalho, declarações do próprio sobre esta opereta com ecos de tragédia que contem duas novelas - situadas em tempos históricos e espaços ficcionados, as narrativas vagueiam pelo insólito das intemporais desventuras do real, com o escritor a versar sobre desencontros amorosos, infundadas guerras político-religiosas e o ávido espetáculo da crueldade - com a presença da morte, a ideia do absurdo e da perplexidade, da ironia e da tragédia. Grafismo com capa do livro "Ficções", de Jorge Luís Borges, capa do livro "O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana", de Mário de Carvalho, definição do termo "escritor", capas dos livros "A Rosa do Adro", de Manuel Rodrigues, e de "Adorável Escravidão" de Corin Tellado. O convidado refere Camilo Castelo Branco como um dos escritores da sua preferência e realça o génio e a mestria na utilização da língua portuguesa e na sua confabulação. Reportagem sobre a obra de Mário de Carvalho: declarações de Pedro Mexia, Escritor e Crítico, grafismo com capa do livro de Mário de Carvalho "Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina", de 2003, que considera ser o mais divertido de toda a produção literária deste autor, a tradição lúdica do romance, interior do livro (Jornalista: Luís Caetano). Mário de Carvalho defende o humor como uma oposição às tiranias e uma desmontagem dos fanatismos, reafirmando a autoironia. Reportagem sobre a obra de Mário de Carvalho: declarações de João Paulo Cotrim, Editor, grafismo com o livro "O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana", que escolhe como o seu preferido pela sua contemporaneidade e pela imagem do homem cercado pelas situações, o universo do fantástico e escrito na ressaca do 25 de Abril, grafismo com as capas dos livros "Casos do Beco das Sardinheiras" e "Contos da Sétima Esfera", ambos do escritor, realça a sua melancolia irónica, fotografias a preto e branco da revolução do 25 de Abril com os militares nas ruas de Lisboa com o povo (Jornalista: Inês Fonseca Santos). Relato de alguns dados biográficos de Mário de Carvalho, fotografias das lutas académicas de 1961-62, em Lisboa, nas quais participou enquanto estudante de Direito, preso e torturado pela PIDE devido aos ideais comunistas, exilado na Suécia só regressando a Portugal após o 1º de Maio de 1974, abandonou a atividade política e a advocacia dedicando-se totalmente à literatura. Mário de Carvalho explica as razões pelas quais, após quase 30 anos, decidiu abandonar a Editorial Caminho trocando-a pela Porto Editora, a omnipresença do tema do "cerco" nas suas obras, a defesa da liberdade de expressão e o futuro de Portugal. Reportagem sobre Camilo Castelo Branco e o seu ciclo no Centro Cultural de Belém: retrato desenhado de Camilo Castelo Branco, grafismo com capa do seu livro "Amor de Perdição", V Edição com prefácio de Vasco Graça Moura, desenhos deste escritor da autoria de Júlio Pomar, comemoração dos 150 anos desta obra do Romantismo português, onde serão também lembrados António Lopes Ribeiro, Manoel de Oliveira e Mário Barroso, cartazes dos seus filmes, retratos dos cantores, Pedro Abrunhosa e Maria Ana Bobone, panfleto do Ciclo CCB, no CCB, declarações de Vasco Graça Moura, Presidente do CCB, fotografias do filme "Amor de Perdição", do Museu de Cinema da Cinemateca Portuguesa, capas de 3 das edições deste romance, retratos de Camilo Castelo Branco e grafismo com declaração sua sobre esta obra, imagens da placa toponímica da Rua da Rosa, em Lisboa, e da baixa do Porto, pequenas estátuas que retratam cena desta obra (Jornalista: Filipa Leal). Comentários de Mário de Carvalho sobre os seus escritores favoritos, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, grafismos com as capas dos livros "Os Maias" e "Guerra e Paz" de Lev Tolstói, "A Queda de Um Anjo", "Amor de Perdição" e "Mistérios de Lisboa", de Camilo Castelo Branco, "As Aventuras de Huckleberry Finn" de Mark Twain, "D. Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes, "Ilíada" e a "Odisseia" ambos de Homero, "Uma Viagem à Índia" de Gonçalo M. Tavares, "O Retorno" de Dulce Maria Cardoso, e "Se fosse fácil era para os outros" de Rui Cardoso Martins, estes últimos jovens escritores. Mário de Carvalho conta a história de quando, em 1997, ganhou o Prémio Pégaso da Literatura e fez um périplo pelos EUA com o livro "Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde", o seu livro mais premiado de sempre, e fez uma visita à Biblioteca do Congresso onde foi convidado para ler umas passagens desta sua obra. Excerto de videoclip de Jorge Palma com o tema musical "Imperdoável".