Portugal e o Holocausto

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Paula Moura Pinheiro conversa com Esther Mucznik, Vice-Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, membro dos corpos gerentes e fundadora da Memoshoá - Associação Portuguesa de Estudos Judaicos, e com a historiadora Irene Flunser Pimentel, sobre a Conferência Internacional "Portugal e o Holocausto" que reúne em Lisboa dezenas de especialistas portugueses e estrangeiros. No contexto da II Guerra Mundial, Lisboa foi a "Casablanca" da Europa, e no elenco deste filme há dois atores europeus salvos do Holocausto pelos vistos de Aristides de Sousa Mendes, Embaixador de Portugal em Bordéus.

  • Nome do Programa: Portugal e o Holocausto
  • Nome da série: Câmara Clara
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Paula Moura Pinheiro, Esther Mucznik, Irene Pimentel
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Paula Moura Pinheiro Produtora delegada: Fátima Barros Produção: Mentes de Contacto
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Paula Moura Pinheiro faz o resumo dos temas a tratar e a apresentação das suas convidadas, fotografia a preto e branco sobre a ascensão do Nazismo de Hitler e do III Reich, grafismos com as capas dos livros "Lisboa uma Cidade em Tempo de Guerra", da autoria de Margarida de Magalhães Ramalho, "Dicionário do Judaísmo Português", da qual é co-coordenadora, "Israel Ontem e Hoje", do qual é co-coordenadora e autora, "Grácia Nasi" e "Portugueses no Holocausto", todos da sua autoria; grafismos com os livros "Contai aos vossos filhos", "Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial", dos quais é autora bem como de livros seus dedicados à PIDE, Igreja Católica e às Mulheres do Estado Novo, grafismo com o cartaz publicitário do filme "Casablanca"; genérico. Excertos do filme documental "A Palavra às Testemunhas", de Esther Mucznik, 2006, um documento histórico com fotografias, imagens da época e declarações de judeus sobreviventes que se refugiaram em Portugal. Comentários de Esther Mucznik sobre a intenção deste seu filme: o registo das memórias dos judeus que testemunharam esta época histórica, e que devido à idade avançada estão a desaparecer, sobre a perda no holocausto da sua família materna, na Polónia, e das suas viagens a Israel. Declarações de Irene Flunser Pimentel sobre as entradas em Portugal de refugiados judeus e anti-nazis a partir de 1933, especialmente em 1938 com a famosa "Noite de Cristal" (atos de violência nazi que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938, em diversos locais da Alemanha e da Áustria, com a destruição de sinagogas, de lojas, de habitações e agressões contra as pessoas identificadas como judias), da entrada em vigor a partir de 1938 de uma lei antissemita que restringe a entrada de imigrantes judeus exigindo-lhes um visto de turismo; grafismo com um antigo passaporte de judeu alemão com a insígnia do III Reich e um J vermelho a identificar a proveniência judia de pessoas que não podiam retornar ao país de origem, de forma a distingui-los dos alemães arianos que iam em turismo e que não sofriam entraves. Grafismo com capa do livro "Portugueses no Holocausto", de Esther Mucznik, de "Aristides de Sousa Mendes, Um Homem Bom", de Rui Afonso, discussão sobre a Conferência de Wannsee, discussão por um grupo de oficiais nazis acerca da "solução final da questão judaica", que tinha como objetivo a expulsão dos judeus de todas as esferas da vida do povo alemão e uma contabilidade por todos os países europeus dos judeus a abater, grafismo com parte desta lista com destaque para os 3.000 judeus em Portugal. Irene Pimentel enumera as razões de Portugal ter acolhido um número tão elevado de judeus, devido à sua situação geográfica ser um porto de entrada e partida, a aliança com a Grã-Bretanha e o estatuto de neutralidade, não esquecendo o facto de não ser uma nação antissemita. Esther Mucznik refere a posição antissemita da França, desde o século XIX, que criou uma dinâmica própria e que estabeleceu a deportação em fases, primeiro as mães e depois as crianças, ficando estas sozinhas nos campos de internamento tendo morrido todas, e outros episódios negros da política francesa que em muito extrapolou as ordens nazis. Reportagem sobre o genocídio judeu na arte: grafismo com capa do livro "Terezín", de Daniel Blaufuks , dedicado ao campo de concentração checo, com fotografias da exposição deste autor que venceu o prémio BESphoto 2006, declarações de Daniel Blaufuks, Artista Plástico, imagens de filme feito pela Gestapo de Praga sobre Terezín com crianças a jogar à bola, um caso de imagens distorcidas da realidade, capa do seu livro "Sob Céus Estranhos", com várias fotografias de famílias judias exiladas; exposição de fotografia sobre o Holocausto e os momentos mais críticos e de horror do mundo ocidental intitulada "Usura", de Paulo Nozolino no espaço BES Arte & Finança, Lisboa, até 4 de Janeiro de 2013, declarações de Sérgio Mah, Curador, destaque para tríptico sobre o atentado às Torres Gémeas, entre outros (Jornalistas: Inês Forjaz, Pedro Teixeira Neves e Luís Caetano). Destaque para vários livros sobre o Holocausto, entre eles "Responsabilidade e Juízo", de Hannah Arendt, Esther Mucznik fala que em relação aos judeus houve, pela primeira vez, a construção pensada de campos de extermínio massivo, os de Sobibor, Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Jasenovac, Majdanec e Treblinka, quase todos na Polónia ocupada, capa do livro "Portugal, Salazar e os Judeus" de Avraham Milgram, grafismo com capa do livro "Uma Autobiografia Disfarçada", de João Hall Themido. Referências: a Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus, Sampaio Garrido e Teixeira Branquinho, Diplomatas portugueses em Budapeste; ao Holocausto também conhecido como Shoá (genocídio, ou assassinato, em massa de cerca de seis milhões de judeus durante o Terceiro Reich através de um programa sistemático de extermínio étnico) que ocorreu em todos os territórios ocupados pelos alemães durante a guerra; e ao antissemitismo. Reportagem sobre a Conferência "Portugal e o Holocausto": fotografias atuais de Paris com turistas na Torre Eiffel, Arco do Triunfo, fotografias a preto e branco dos anos 40 de um centro de detenção de judeus em Drancy, fotografias dos judeus aí encarcerados que eram depois deportados para os campos de extermínio nazi, fotografias da inauguração por François Hollande, Presidente da República Francesa, do Memorial de Shoah, um centro de memórias do Holocausto para estudo e divulgação da história bem como para combate de todas as formas de racismo, fotografia do Prefeito de Porto Alegre, Brasil, que sancionou lei que obriga o ensino sobre o Holocausto, foto de grupo de professores portugueses que em 2008 visitaram o Memorial de Israel Yad Vashem, fotografias do exterior e interior das suas instalações, surgimento do Projeto Memoshoa - Associação Memória e Ensino do Holocausto, fundada por Esther Mucznik, Ricardo Presumido, Paula Leal Presumido e Marta Torres, Pofessores de História, e que está aberta à participação e colaboração de todos os interessados no desenvolvimento da memória e ensino do Holocausto em Portugal, o seu site na Internet que informa as iniciativas nas escolas nesta área, declarações de Sandra Costa, Professora de História / Coordenadora do Projeto NOMES, cartazes da exposição "À Procura de 6 em 6 Milhões" iniciativa da Escola de Vilelas, conferência na Escola Secundária José Augusto Lucas onde os alunos ouviram o testemunho de um alemão que na altura destes acontecimentos era criança, declarações de Madalena Fernandes, Professora de Filosofia e Psicologia, sobre o concerto Música e Memória do Holocausto numa escola de Oeiras, fotografias de época da detenção dos judeus e de entrada principal do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau (Jornalista: Nuno F. Santos e Luís Cateano). Grafismo com capa do filme em DVD "A Lista de Schindler", sobre Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de vários judeus, de Steven Spielberg, capas dos livros de Primo Levi "Se Isto é Um Homem" e "Os que Sucumbem e Os que se Salvam", Esther Mucznik fala das experiências médicas criminosas a que os judeus e ciganos foram submetidos e de como a cultura, a ciência, a educação e a tecnologia não são um antídoto para a barbárie. Irene Pimentel revela o apuramento das técnicas de extermínio, da passagem do fuzilamento para as câmaras de gás, que impedem a empatia com as vítimas e aumentam os números conseguidos, a desumanização das vítimas e dos carrascos. Excerto do filme "Casablanca", de Michael Curtiz, 1942, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, que no elenco conta com vários refugiados do regime nazi.

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