Mário Cesariny

Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu no dia 9 de agosto de 1923, em Lisboa. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça. Em 1947 vai para Paris estudar na Académie de la Grande Chaumière, onde conhece André Breton, o autor do "Manifesto Surrealista", e ao regressar, nesse ano, cria o "Grupo Surrealista de Lisboa". Mais tarde, funda um grupo dissidente deste, "Os Surrealistas". Publicou o seu primeiro livro "Corpo Visível" em 1950, e seguiram-se outras publicações, sendo a maioria após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Em 2002 é-lhe atribuído o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas. Em 2004, Miguel Gonçalves Mendes realiza o documentário "Autografia", um retrato da vida, do percurso e individualidade do poeta e pintor surrealista Mário Cesariny, e em 2005, recebe o Grande Prémio de Vida Literária APE/CGD, prémio literário instituído pela Associação Portuguesa de Escritores. É condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal, pelo Presidente da República Jorge Sampaio. No nonagésimo aniversário do poeta é inaugurada uma rua com o seu nome em Lisboa. A Casa da Liberdade, inaugurada em novembro de 2013, situada no Bairro de Alfama, em Lisboa, é um espaço artístico, polivalente, com características museológicas, que presta homenagem ao poeta e pintor surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos. Em vida doou o seu espólio (parte da sua biblioteca e do seu acervo artístico e documental) à Fundação Cupertino de Miranda, e por testamento escolhe como herdeiros, as crianças da Casa Pia. Foi poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo, e dedicou-se às artes plásticas, sobretudo à pintura. Morreu no dia 26 de novembro de 2006, e foi sepultado no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Em 8 de dezembro de 2016, os restos mortais do poeta foram trasladados para um jazigo individual, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.