Eunice Muñoz

Eunice do Carmo Munhoz, conhecida por Eunice Munõz nasceu na Amareleja a 30 de julho de 1928 e morreu a 15 de abril de 2022, em Carnaxide, com 93 anos de idade. Com origens numa família de atores estreou-se a cantar, com 5 anos, no teatro desmontável da família, a Trupe Carmo. Em 1941, com 13 anos estreou-se no Teatro Nacional D. Maria II na peça "Vendaval", com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Em 1943 contracena com Palmira Bastos em "Riquezas da Sua Avó". Protagoniza a opereta "João Ratão", e enquanto frequenta a Escola de Teatro do Conservatório Nacional celebriza-se em "A Casta Susana". No palco do Teatro Variedades trabalha com Vasco Santana e Mirita Casimiro na peça "Chuva de Filhos". Estreia-se no cinema em 1946 no filme "Camões" de José Leitão de Barros. Com esta interpretação ganha o prémio do Secretariado Nacional de Informação (SNI), para melhor atriz cinematográfica do ano. Ainda no cinema protagoniza "A Morgadinha dos Canaviais" e participa em "Ribatejo". Após passagem pelo Teatro da Trindade, retira-se 4 anos da atividade teatral e reaparece com a peça "Joana D'Arc". Mais tarde integra a comédia na Companhia de Teatro Alegre, no Parque Mayer. Em 1963 ganha o Prémio de Melhor Atriz do SNI. Participa em várias peças de teatro na televisão e séries, como "Cenas da Vida de uma Atriz". Ganha os prémios de Imprensa de "Melhor Atriz" e de "Popularidade" pela revista "Rádio e Televisão". Em 1970 cria a Companhia Somos Dois, com José de Castro, com a qual faz uma longa tournée por Angola e Moçambique. Em 1971 volta ao palco do Teatro da Trindade. Mais tarde integra na companhia residente do reaberto Teatro Nacional D. Maria II. Participa em filmes, como a "Manhã Submersa" e "Tempos Difíceis". Celebra 50 anos de carreira, com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, sendo condecorada pelo Presidente da República Mário Soares, com o Grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, no palco do Teatro Nacional. Eunice Muñoz estreia-se em telenovelas com a interpretação de D. Branca, em "A Banqueira do Povo". Em 2006 representa pela primeira vez no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras. Em abril de 2021, ao comemorar 80 anos de carreira, retira-se, com a peça "A Margem do Tempo", e na semana em que estreou, é condecorada pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada. Em outubro de 2021, é inaugurada na Amareleja, a Casa de Memórias Eunice Muñoz. Em sua homenagem, Tiago Durão, realizou o documentário "Eunice ou a Carta a uma Jovem Atriz", em 2021.