Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu na aldeia da Póvoa de Atalaia, no Fundão, a 19 de janeiro de 1923. Filho de camponeses, após a separação dos pais, acompanha a mãe para Castelo Branco, e em 1932 muda-se para Lisboa, onde frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro.
Escreveu os seus primeiros poemas em 1936, e em 1939 publicou o seu primeiro poema "Narciso", ainda com o nome de José Fontinhas. Pouco tempo depois passa a assinar como "Eugénio de Andrade".
Em 1943 muda-se para Coimbra, onde permaneceu até 1946. Em 1947, em Lisboa, exerce o cargo de Inspetor Administrativo do Ministério da Saúde, durante 35 anos.
Publica, em 1948, o livro "As Mãos e os Frutos". É transferido para o Porto, e paralelamente ao cargo público, publica mais de 20 livros de poesia, obras em prosa, antologia, e 2 livros dedicados à infância. Traduziu para português, livros do poeta Frederico Garcia Lorca, José Luis Borges, e René Char, entre outros.
Em 1994, deixa a casa onde viveu durante décadas, e muda-se para o edifício da extinta Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro.
Os seus livros foram traduzidos em vários países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles, o Prémio Camões, em 2001.
Foi condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, em 1982 e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, em 1988. Também o município do Porto, quis distinguir o poeta, atribuindo-lhe a Medalha de Mérito, em 1985, e a Medalha de Honra da Cidade, em 1989. No estrangeiro, recebeu a Medalha da cidade de Bordéus, em 1990, e a Medalha da Universidade Michel de Montagne da mesma cidade, em 2001.
Eugénio de Andrade foi um dos maiores poetas portugueses do século XX. Morreu aos 82 anos, no dia 13 de junho de 2005, no Porto.