Eduardo Lourenço nasceu a 23 de maio de 1923, em São Pedro de Rio Seco, no concelho de Almeida, na Beira Alta. Frequentou a Escola Primária na sua terra natal, ingressou no Liceu da Guarda e terminou os seus estudos secundários no Colégio Militar em Lisboa.
Formou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, onde foi professor entre 1947 e 1953. Lecionou em várias universidades, como a da Bahia, Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Fixou residência em Vence, na Provença, no sudeste de França.
Publicou o seu primeiro livro "Heterodoxia I", em 1949, e tornou-se professor jubilado em Nice, em 1988. Em 1989 assume funções como conselheiro cultural junto da Embaixada Portuguesa em Roma.
Colaborador de longa data da Fundação Calouste Gulbenkian, foi administrador não executivo entre 2002 e 2012.
O Centro de Estudos Ibéricos criou o "Prémio Eduardo Lourenço", atribuído desde 2005, e destinado a agraciar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, da cidadania e da cooperação ibéricas.
Foi um dos principais signatários do Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico de 1990.
Em 2015 foi criada pela Câmara Municipal de Coimbra, a sala "Eduardo Lourenço", na Casa da Escrita, destinada aos seus livros.
Tomou posse a 7 de abril de 2016 como Conselheiro de Estado, designado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Recebeu diversos prémios, entre eles o "Prémio Camões" (1996), o Prémio Pessoa (2011), e condecorações portuguesas e estrangeiras.
Escreveu várias obras sobre a sociedade e identidade portuguesa e tem uma biblioteca com o seu nome na Guarda.
Em 2018, foi protagonista e narrador da sua própria história, no filme "O Labirinto da Saudade", realizado por Miguel Gonçalves Mendes.
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa, morreu no dia 1 de dezembro de 2020, com 97 anos.