Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queiroz, também escrito Eça de Queirós, nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim. Foi escritor e diplomata. Criado pela sua ama e madrinha em Vila do Conde, passou a infância em casa dos avós paternos. Frequentou o Colégio da Lapa, no Porto e ingressou na Universidade de Coimbra. Licenciou-se em Direito, mas foi no jornalismo e na literatura que encontrou a sua vocação. Numa viagem ao Médio Oriente inspirou-se para algumas das suas obras, e no mesmo período, iniciou a sua carreira diplomática, sendo nomeado cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Autor de contos e romances, a sua obra literária são exemplos do realismo português, como o "Crime do Padre Amaro", "O Primo Basílio" e "Os Maias". Viveu os últimos anos em Paris, e faleceu a 16 de agosto de 1900. O corpo foi trasladado para Portugal, sendo sepultado no cemitério do Alto de São João, em Lisboa e posteriormente, em 1989, para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião. Em setembro de 1990 é criada a Fundação Eça de Queiroz, sediada na Casa de Tormes, na freguesia de Santa Cruz do Douro, no concelho de Baião. Com o objetivo de divulgar a obra e o legado de Eça de Queiroz, a Fundação atribui, de dois em dois anos, o Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz, promove concertos e organiza eventos, como os "Jantares Queirosianos". No dia 8 de janeiro de 2025 realizou-se a trasladação dos restos mortais de Eça de Queiroz para o Panteão Nacional, 125 anos depois da morte do escritor e quatro anos depois da aprovação na Assembleia da República, após ações interpostas por alguns dos bisnetos do escritor que não desejavam ver os restos mortais de Eça de Queiroz no Panteão Nacional. Diante da Assembleia da República, em São Bento, a Banda de Música e Fanfarra da Guarda Nacional Republicana inicia a cerimónia. O cortejo com escolta de honra a cavalo, percorre as ruas de Lisboa, até à Igreja de Santa Engrácia - Panteão Nacional. Afonso Reis Cabral, trineto do escritor e presidente da Fundação Eça de Queiroz, fez o elogio fúnebre. A cerimónia é concluída com a assinatura do Termo de Sepultura do Panteão Nacional, sendo a urna transportada por militares da GNR até à sala onde se encontra a Arca Tumular.