António Mega Ferreira

António Taurino Mega Ferreira nasceu no dia 25 de março de 1949, na Mouraria, em Lisboa, onde viveu a infância e a adolescência. Frequentou o Liceu Normal de Pedro Nunes, licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e estudou Comunicação Social na Universidade de Manchester, em Inglaterra. No jornalismo estreou-se em 1968, como redator do "Comércio do Funchal", "Jornal Novo", "Expresso", "O Jornal", e na RTP onde chefiou a redação de informação do Canal 2. Foi colunista do "Expresso", "Diário Económico", "Diário de Notícias", "O Independente", "Público" e das revistas "Visão" e "Egoísta". Foi diretor editorial do Círculo de Leitores, fundou e dirigiu a revista literária "Ler". António Mega Ferreira presidiu a representação portuguesa na Feira do Livro de Frankfurt de 1997. No dia 9 de junho de 1998 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Integrou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, e chefiou a candidatura de Lisboa à Expo'98, onde foi comissário executivo da Exposição Internacional de Lisboa de 1998, sob o tema "Oceanos: um património para o futuro", naquele que foi o evento que serviu como ponto de partida para a grande transformação da zona Oriental de Lisboa e a criação da atual Freguesia do Parque das Nações. Em 2001 foi-lhe atribuído o Grande Prémio Camilo Castelo Branco, pelo seu livro de contos "A Expressão dos Afectos". De 2006 a 2012 presidiu a Fundação Centro Cultural de Belém. Entre 2013 e 2019 foi diretor executivo da AMEC - Metropolitana, a instituição cultural sem fins lucrativos que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Academia Nacional Superior de Orquestra, o Conservatório de Música da Metropolitana e a Escola Profissional Metropolitana. Em 2022, a sua obra "Crónicas Italianas" foi distinguida com o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, da Associação Portuguesa de Escritores. António Mega Ferreira foi jornalista, escritor, editor, poeta, tradutor, ensaísta, gestor cultural. Era atualmente membro do Conselho Editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e diretor literário da coleção "Itálica", dedicada aos grandes clássicos da literatura italiana. Estreou-se na Imprensa Nacional-Casa da Moeda com um livro dedicado à pintora Graça Morais, mas seguiram-se mais de trinta, entre a ficção, o ensaio, a poesia, as biografias e os livros de crónicas e de viagens. Morreu no dia 26 de dezembro de 2022, em Lisboa, aos 73 anos de idade.