Raúl Rego refere o regresso de soldados portugueses da guerra e o assassinato de Sidónio Pais, como sendo as suas primeiras memórias da Primeira República; Raúl Rego, lembra o encontro com o professor António Oliveira Salazar, no I Congresso Eucarístico Nacional em 1924 em Braga, onde Salazar é orador e apresenta a tese "A Paz de Cristo na classe operária pela Santíssima Eucaristia"; Entre 1931-1932, Raúl Rego encontra-se em França e assiste àquelas que considera as primeiras eleições livres; Raúl Rego fala da sua saída do seminário com o curso de Teologia, sem ordenação e, vai trabalhar como redactor da revista "Seara Nova", onde enfrenta a censura, em 1936. Raúl Rego recorda a primeira sessão pública autorizada pelo regime de Salazar do Movimento de Unidade Democrática (MUD), do qual é membro fundador, e do interrogatório no Ministério do Interior pelo capitão Silva Pais; Raúl Rego relata a adesão à campanha para a Presidência da República de Norton de Matos em contraposição à do general Carmona, candidato do regime, em 1949; Raúl Rego refere o encontro com o brigadeiro Humberto Delgado, nos Estados Unidos da América (EUA), durante uma reunião da Nato, personalidade que viria a apoiar como candidato à Presidência da República em 1958; Raúl Rego fala da sua prisão política no Aljube, após a apresentação do "Programa para Democratização da República", documento subscrito por um grupo de cidadãos da Oposição Democrática, onde pela primeira vez se defende a autonomia das colónias portuguesas, em 1961; Raúl Rego lembra ainda o ano de 1971, quando assume a direcção do jornal "República" cujo editorial escreveu diariamente.