Presidenciais 91: Debate entre Carlos Marques e Carlos Carvalhas – Parte II

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Segunda parte do debate moderado pelo jornalista Mário Crespo entre Carlos Marques, candidato da UDP, e Carlos Carvalhas, candidato do PCP, para as eleições presidenciais que se realizam a 13 de janeiro de 1991, sobre as suas áreas específicas de influência, e as bases gerais das respetivas candidaturas.

  • Nome do Programa: Debate entre Carlos Carvalhas e Carlos Marques
  • Nome da série: Primeira Página
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Mário Crespo, Carlos Marques, Carlos Carvalhas
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Mário Crespo. Produção: Teresa Claro. Realização: João Salvado.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Mário Crespo recomeça o debate; Carlos Marques nega ser marxista-leninista e garante que a sua candidatura também não é; diz que não está a propor um programa de Governo mas sim directivas para a Nação porque é isso que o Presidente da República tem de fazer; Carlos Carvalhas defende que o marxismo-leninismo é uma doutrina aberta e que ele próprio está receptivo a todas as correntes que contribuam para o progresso do país; acrescenta que o Presidente da República tem de se preocupar com o estado da Nação e, por isso, faz propostas concretas em áreas como a igualdade entre homens e mulheres, a habitação e o envelhecimento da população. 07m52: Carvalhas lembra que uma das obrigações constitucionais é a reestruturação da agricultura e defende estímulos à produção; o candidato do PCP admite defender uma atuação mais interventora do Presidente da República do que aquela que foi usada por Mário Soares no seu primeiro mandato; diz que o Presidente da República não é uma figura decorativa; Carlos Marques concorda com Carvalhas e afirma que a Direita tem transmitido a ideia que o Chefe de Estado não tem poderes. 13m30: Carlos Marques defende que o Presidente da República deve participar em Conselhos de Ministros quando se trate de discutir orientações de fundo para o país, e afirma que a estabilidade institucional não é um valor em si mesma, e lembra que antes do 25 de Abril havia estabilidade política mas não social; Carvalhas concorda, e adianta que apesar da estabilidade entre Soares e o Governo há instabilidade social no país; acrescenta que uma entrada precipitada do Escudo no Sistema Monetário Europeu traria imensos problemas à economia portuguesa. 20m38: Carvalhas afirma que todos os temas são susceptíveis de debate e admite que a descolonização ainda é um assunto polémico na sociedade portuguesa; acusa a candidatura de Basílio Horta de relançar valores neo-coloniais; Marques explica porque não gosta do termo «descolonização» e que devíamos falar em independência desses povos africanos; critica o facto de um Estado português ter uma posição em relação à invasão do Koweit pelo Iraque e outra, diferente, sobre a invasão de Timor pela Indonésia; quanto à descolonização defende que Portugal tem responsabilidades em relação aos retornados que trabalhavam nos países africanos agora independentes. 26m33: Carvalhas concorda com a ideia do seu adversário de compensar os trabalhadores que tiveram de regressar; os dois candidatos resumem os princípios das suas candidaturas.

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