Presidenciais 91: Debate entre Basílio Horta e Carlos Carvalhas – Parte I
Primeira parte do debate moderado pelo jornalista Mário Crespo entre Basílio Horta, candidato do CDS, e Carlos Carvalhas, candidato do PCP, para as eleições presidenciais que se realizam a 13 de janeiro de 1991, no qual os representantes cristão-democrata e comunista focam assuntos de política monetária e financeira.
Resumo Analítico
Carlos Carvalhas inicia o debate esclarecendo o eleitorado porque razão deve escolher um candidato da facção comunista e não da facção cristão-democrata; relembra os fracos aumentos das pensões dos reformados pela Aliança Democrática, da qual o candidato Basílio Horta fazia parte; compara a política deste último à de Cavaco Silva, Primeiro-Ministro. 06m00: Basílio Horta aponta a utopia do comunismo e evoca a queda deste regime político na Europa do Leste; enaltece a democracia cristã por conseguir fazer uma síntese entre a liberdade e igualdade, e pela capacidade de conseguir gerir riqueza e distribuí-la equitativamente; acusa as nacionalizações do 11 de Março de terem arruinado a economia portuguesa. 12m00: Carvalhas enumera algumas das regalias conseguidas pela sua corrente política, como as 8 horas de trabalho, ou as férias pagas; Basílio Horta acusa o Partido de Comunista de demagogo aquando da apresentação da proposta de aumentos dos reformados, e de Carlos Carvalhas ter um discurso que não evolui; reforça a ideia que ainda se está a pagar pela crise gerada pelo 11 de Março. 20m45: Carvalhas defende uma economia mista onde há lugar para os grandes grupos económicos, e a existência de uma democracia avançada em Portugal. 25m00: Basílio Horta, candidato cristão-democrata recorda que no Governo de Marcelo Caetano participou na abertura do regime e preparou a entrega das colónias, e enumera os principais objetivos da sua candidatura.