Ocupação militar da Base Aérea de Monte Real
Monte Real, populares participam em manifestação contra a ocupação da Base Aérea Nº 5 (BA5) pelas forças paraquedistas e entrevista ao Coronel Fernando Carvalho Seabra, comandante da BA5, e ao Capitão Marçalo, comandante das forças paraquedistas ocupantes, sobre os acontecimentos relacionados com a ocupação e tentativa de golpe militar a 25 de novembro.
Resumo Analítico
Manifestantes dirigem-se a pé até à BA5 e gritam palavras de ordem; jornalista Fernando Balsinha faz sinal de claquete e entrevista manifestante que explica as razões da manifestação e afirma que "não são os comunistas que mandam mas sim o povo"; manifestantes gritam "Portugal é do povo, não é de Moscovo" e "A base é do povo, não é de Moscovo" e exigem "O comandante da base aqui já" à frente dos soldados paraquedistas que estão na entrada da BA5. Coronel Fernando Carvalho Seabra, comandante da BA5, dirige algumas palavras através de megafone, aos manifestantes, apelando à calma dos manifestantes, pede que os paraquedistas não sejam hostilizados, lê moção da BA5, que admite não ter sido aprovada por unanimidade e apela novamente à calma independente do apoio ou não à moção, sobre os acontecimentos que sucederam provocados pelas "forças paraquedistas rebeldes que ocuparam a unidade" e admite "estar a cometer um ato de indisciplina permitindo que as minhas palavras estejam a ser transmitidas por órgãos de informação" e apela à dispersão dos manifestantes, sendo interrompido por gritos de "Vitória" e "Apoiado" e aplausos. Fernando Balsinha faz sinal da claquete e entrevista Fernando Carvalho Seabra sobre os acontecimentos relacionados com a ocupação da BA5 em que refere a sua detenção no quarto, a ação do Capitão Martins Jorge que se intitulou comandante da BA5 e justificou a ocupação como sendo reação às declarações do General Morais da Silva, chefe do Estado Maior da Força Aérea, relativamente à extinção da Base Escola das Tropas Paraquedistas de Tancos e afirma que há um processo de desagregação das Forças Armadas. Entrevista ao Capitão Marçalo sobre os acontecimentos relacionados com a ocupação da BA5, as indicações que recebeu sobre a operação militar, recusa comentar a ação do General Aníbal Pinho Freire, as manifestações de apoio e contra as forças paraquedistas que ocuparam a base e a extinção da Base Escola de Tropas Paraquedistas.