O Meu Tempo é Hoje: António Lobo Antunes

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Entrevista de Fátima Campos Ferreira a António Lobo Antunes, em que o escritor reflete sobre a vida e a passagem do tempo, e partilha as suas ideias sobre a situação de Portugal e da Europa.

  • Nome do Programa: O Meu Tempo é Hoje: António Lobo Antunes
  • Nome da série: O Meu Tempo é Hoje: António Lobo Antunes
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: António Lobo Antunes, Fátima Campos Ferreira
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 3
  • Menções de responsabilidade: Jornalista: Fátima Campos Ferreira
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Stereo
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

O escritor fala do cancro que lhe afetou os pulmões, das pessoas que encontrou na mesma situação e da forma como sem queixas encaram o sofrimento; da amizade e dos amigos; da relação com os pais, com os irmãos e com as filhas; da indignação com o que fizeram ao país; do povo "que aceita tudo"; da "infantilidade" da juventude atual; considera que "um império dura três gerações, a que o constroi, a que o mantém e depois começa o declínio" por isso, não o espanta o colapaso dos grupos económicos; sente-se "mais próximo de um africano ou de um árabe" do que de um europeu do norte da Europa; não duvida que o atual governo perca as eleições; critica o mau português falado pelos governantes atuais; critica o percurso de vida dos políticos que cedo ingressam nas juventudes partidárias, estudam em universidades privadas (menos exigentes) e "vão subindo (...) na máquina do partido"; recorda políticos do século XX e que não foram para a política; considera que Portugal continua com classes sociais muito estratificadas; que Angela Merkel, chanceler da Alemanha "consegui tanto como Hitler sem matar ninguém"; fala da crise económica que afeta a vida e a saúde dos portugueses; do Papa Francisco e das diferenças que vê nele enquanto recorda o catecismo "terrível" que aprendeu em criança; da solidão das noites hospitalares; conta a história de Malangatana, pintor moçambicano que morreu de cancro no pulmão e que quis ser tratado em Portugal por ser "mais perto", e que enquanto houver pessoas que se refiram assim a Portugal há esperança para o país; não conseguiria viver com uma mulher que não se expressasse na mesma língua; confessa a sua admiração por Tony Carreira, cantor apesar de nunca o ter ouvido cantar; gosta do mau gosto português; comenta a roupa íntima feminina e a atitude os homens em relação ao sexo; diz que continua a fumar porque lhe dá prazer; não considera importante ganhar o Prémio Nobel da Literatura, mas considera "inevitável"; fala do terrorismo islâmico como "uma perversão completa do Corão" e de quem considera ser o seu deus.

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