No Rasto dos Boers – Parte II

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Segunda parte do documentário com autoria da jornalista Anabela Saint Maurice, sobre o exílio de bóeres em Portugal, nas localidades de Peniche, Caldas da Rainha e Tomar, fugidos à segunda guerra Anglo-Boer (1899-1902) pelo domínio britânico da África do Sul. Alguns refugiados refizeram a vida em Portugal, onde deixaram descendentes e histórias para contar.

  • Nome do Programa: No Rasto dos Boers
  • Nome da série: O Lugar da História
  • Locais: Portugal, África do Sul
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria: Anabela Saint Maurice Apresentação: Fátima Campos Ferreira Produção: Maria João Martinho Realização: Fátima Alves
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Recorte de jornal (28.03.1901) que noticia a chegada de refugiados bóeres transportados pelo vapor "Benguela", atraca em Alcântara (Lisboa) e fogem da guerra na África do Sul, contra os britânicos; gravuras demonstrativas de movimento no cais e da presença de bóeres. Fortaleza de Peniche; gravura com a chegada de refugiados ao Forte de Peniche; declarações de Mariano Calado, investigador sobre o espanto que deve ter causado à população local a chegada de cerca de 400 estrangeiros, intercaladas por fotografias antigas de embarcações em Peniche, de mulheres a fazerem renda de bilros e de grupos de bóeres fotografados junto ao Forte; interior do Forte, com pormenor para a humidade que escorre pelas paredes dos quartos (casamatas) onde ficaram instalados os forasteiros; Mariano Calado faz visita guiada às casamatas; burros. Vistas das Caldas da Rainha; exterior e interiores do edifício das termas; piscina termal; salão nobre; enfermarias; vistas dos Pavilhões do Parque Dom Carlos, anexo às termas; fotografias de bóeres (sobretudo mulheres e crianças que vão viver para os pavilhões) e que são bem recebidas pelas famílias endinheiradas da sociedade local; declarações de João Serra, historiador; João Serra mostra caneta esculpida em osso, por um refugiado bóer; Artesão trabalha o barro (olaria); estatueta do "Zé Povinho", criado por Rafael Bordalo Pinheiro, ceramista; cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro, que funcionam como armas políticas contra os ingleses, como as peças que retratam o britânico John Bull, personificação nacional do Reino da Grã-Bretanha criada por John Arbuthnot, em 1712, e popularizada pelos impressores, ilustradores e escritores (sobretudo britânicos, em forma de escarrador e de bacio; declarações de Carlos Nascimento, família de Avelino Belo, ceramista republicano e discípulo de Bordalo Pinheiro apoiante da causa bóer intercaladas por fotografia de Avelino Belo e família; medalhas feitas por Avelino Belo para angariar fundos para os refugiados bóeres; estatueta feita pelo ceramista que representa um soldado bóer a pisar John Bull, deitado por terra. Capa do "Jornal de Abrantes" sobre a notícia da chegada dos bóeres, por comboio, à localidade; vistas de Abrantes; fotografias de Abrantes, do início do século XX; movimento de rua; encenação do romance (escondido) entre um bóer (Homan) e uma menina de Abrantes; fotografias do casamento entre os dois (na África do Sul); declarações de Josefina Homan, neta do refugiado bóer a contar que o casamento dos avós não foi aprovado pela família, de tal forma que a avó foi deserdada; fotografias do filho do casal (Bennie Homan), órfão de pais devido à tuberculose, o que o fez regressar a Portugal, para junto da família da mãe. 48m01: Diamantes; recortes de jornais; Convento de Cristo, em Tomar, onde ficou instalado o general boer Philip Piennaar e família que explorou juntamente com a família Magalhães, o filão de ouro existente na região; vistas de Tomar; movimento de rua; interior da loja da família Magalhães; negativos de fotografias em vidro sobre a exploração da mina (Poço Redondo) de ouro em 1902; fotografias da mina do ?Poço Redondo?; fotografia de Mário Magalhães na companhia de outros cavalheiros; declarações de José António Soares a contar que o tio Mário Magalhães, sem sorte nos negócios, não obteve lucros da exploração de ouro, que foi somente proveitosa para os boers; vestígios da mina abandonada. 51m00: Recorte de jornal com a notícia ?A Paz Anglo-Boer?; declarações de José António Telo, Universidade Clássica de Lisboa; gravuras de embarcação que levou de regresso, os boers a África; navio passa em frente ao Farol do Bugio.

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