Mensagem de Ano Novo de Américo Tomás
Palácio de Belém, mensagem de Ano Novo do presidente da República Almirante Américo Tomás, em que se refere à guerra nas províncias ultramarinas portuguesas.
Resumo Analítico
Américo Tomás discursa sobre a destruição da civilização ocidental, a invasão da Checoslováquia pela União Soviética, a progressiva dissolução da sociedade e o abalo das estruturas da Igreja pelo comunismo. Referência à perda da Ásia para o Ocidente, a criação de nações artificiais em África facilmente permeáveis ao comunismo totalitário da Rússia e da China, a defesa solitária de Portugal da África Ocidental e Austral, a subversão da América Central e da América do Sul por Cuba, o cerco subversivo aos Estados Unidos da América, a necessidade de pôr termo ao imperialismo russo e chinês e de reformar a Organização das Nações Unidas (ONU). Comentários sobre a vida nacional condicionada pela guerra colonial, a luta contra o terrorismo alimentando pelo comunismo moscovita e chinês, os custos da guerra, as consequências de perder África e as qualidades ímpares do soldado português. Realce para a perda nacional decorrente da doença de António de Oliveira Salazar, ex-presidente do Conselho de Ministros, e o elogio da sua acção política. Américo Tomás faz referência às visitas oficiais que fez às províncias ultramarinas da Guiné e Cabo Verde no mês de Fevereiro, o terrorismo na Guiné e a forma calorosa como foi recebido nos dois territórios. Destaque para a sua acção na metrópole e os eventos em que participou. Américo Tomás faz referência à comemoração dos centenários dos nascimentos de Vasco da Gama e de Carlos Viegas Gago Coutinho no ano que se inicia, deseja esperança num mundo melhor, prosperidade às nações amigas, felicidades a todos os portugueses que vivem em Portugal e no estrangeiro e a vitória na guerra que se trava porque os portugueses bem o merecem.