Medicamentos Genéricos em Portugal – Parte I
Primeira parte do programa conduzido pelo jornalista Mário Crespo, composto por uma reportagem da autoria da jornalista Olga Almeida sobre o impacto da introdução de medicamentos genéricos no mercado português, e o conflito de interesses entre a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e a Associação Nacional de Farmácias, e o debate em estúdio com a presença de José Aranda da Silva, sub-diretor do Laboratório Militar, e de Sofia Peleteiro, da DECO.
Resumo Analítico
Farmacêuticos vendem medicamentos; movimentação de rua; medicamentos nas prateleiras; técnicos manipulam medicamentos em laboratório; comprimidos amontoados; medicamentos a serem embalados; artigos do decreto-lei nº 81/90 de 12 de Março sobre os medicamentos; páginas de jornais dedicadas à introdução dos genéricos; despacho do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor sobre a qualidade dos genéricos; declarações de Jorge Pires, Secretário de Estado da Administração da Saúde, revela que o novo Centro de Estudos do Medicamento vai controlar a qualidade dos medicamentos e realça que o decreto-lei nº 81/90 defende a bioequivalência entre os medicamentos de marca e os genéricos; o parecer da Ordem dos Farmacêuticos sobre a bioequivalência; declarações de Carlos Silveira, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, considera que o Governo vai ter dificuldades para controlar a qualidade dos medicamentos; Isabel Cristiano, APIFARMA, diz que os genéricos não representam vantagens para os utentes, justificando a sua introdução no mercado com a necessidade do Governo reduzir as comparticipações com os medicamentos; declarações de João Cordeiro, Presidente da Associação Nacional de Farmácias, garante que os medicamentos genéricos a produzir terão qualidade, não aceita as pressões para as farmácias venderem essencialmente medicamentos de marca, e considera que as farmácias terão lucro ao comercializarem e produzirem os genéricos; Isabel Cristiano lembra que a lei proíbe a Associação Nacional de Farmácias de interferir no mercado; Jorge Pires diz que a legislação não proíbe a produção de medicamentos pelas farmácias; João Cordeiro reforça a ideia de que a Associação Nacional de Farmácias deve enfrentar a tentativa da APIFARMA de obter o monopólio do mercado farmacêutico; declarações de Costa e Sousa, Ordem dos Médicos, Jorge Pires e Carlos Silveira consideram que os médicos e farmacêuticos terão que ser isentos de pressões e que devem receitar e dispensar os medicamentos mais adequados a cada doente, medicamentos esses que terão a mesma qualidade independentemente da sua natureza; medicamentos a serem testados em laboratório; João Cordeiro denuncia o facilitismo do registo de medicamentos, o que compromete a qualidade dos mesmos; Jorge Pires recusa a acusação.