General Humberto Delgado – II Parte
Segunda de três partes dum documentário dedicado a Humberto Delgado, o "General Sem Medo". Montagem cronológica dos episódios e factos mais relevantes do seu percurso militar e político, ilustrados com imagens de arquivo e enquadrados por diversos testemunhos. Neste episódio, destaque para os anos de exílio de Humberto Delgado no Brasil, o seu envolvimento no sequestro do navio Santa Maria e no Golpe de Beja, e as passagens por Belgrado e Argel.
Resumo Analítico
Cidade do Rio de Janeiro; Copacabana; Cristo do Corcovado; fotografia de Henrique Galvão, líder do sequestro do paquete Santa Maria (Operação Dulcineia); foto de Santa Maria ao largo e à chegada ao Brasil; bairros de lata; emigrantes numa estação de caminhos-de-ferro, vistas aéreas de terras africanas; guerra colonial, cidade de Argel; presidente Ben Bella; Piteira dos Santos com Humberto Delgado à sua chegada a Argel; fotografias de Delgado; interior e exterior da prisão de Caxias; cidade de Beja; quartel de Beja; interior e exterior da casa onde se escondeu durante e após o Golpe de Beja (assalto ao quartel), antena de rádio (restos de negativo a cor e P/B do arquivo 7807857); discursos de Delgado e trechos do seu livro, lidos por Orlando Costa; declarações de António Brotas sobre: a vida de Delgado no Brasil, o apoio prestado pelas autoridades argelinas e por Ben Bella, o desacordo entre Delgado e outros membros da Frente Patriótica Nacional (FPN), na última Conferência de Argel, a ida de Álvaro Cunhal a Argel para se encontrar com Delgado numa conferência, a mudança do nome de Frente Patriótica de Libertação Nacional para Frente Portuguesa de Libertação Nacional (FPLN), razões da ida de Delgado para a armadilha de Badajoz; Camilo Mortágua conta como nasceu a ideia da Operação Dulcineia, em aliança com revolucionários espanhóis e cubanos, o planeamento, os objectivos e os desacordos no processamento da operação e as suas consequências; opina que a operação teve utilidade; Augusto Carvalho declara que esta operação marca o fim da colaboração entre Delgado e Henrique Galvão, fala das repercussões em Portugal e faz referência ao atentado contra Delgado, no Rio de Janeiro, com intervenção da PIDE-DGS, através do sub-inspector Rosa Casaco; Manuel Serra relata a preparação do Golpe de Beja, o seu insucesso e as suas consequências; Fernando Piteira Santos, militante comunista, relata o processamento deste golpe, o fracasso, a posterior repressão do Governo e a morte do Secretário de Estado, realça o apoio e facilidades dado por Ben Bella para a FPLN se reunir em Argel, as dificuldades de entendimento entre os seus membros e a ida fatal a Badajoz; relato de Carlos Vilhena e Adolfo Ayala da preparação da ida de Delgado a Beja; Pedro Ramos Almeida fala da criação, da Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN) em Argel, de manifestações e greves de estudantes em Lisboa para oposição ao regime, do aproveitamento deste dos desacordos no seio da junta, para isolar Delgado; Manuel Tito Morais fala das razões da criação da FPLN, da doença do general em Belgrado e da razão das divergências na junta, que facilitaram o assassinato em Badajoz; Marcelo Fernandes fala da doença do general em Belgrado e da quotização para levar Delgado para Argel; documento com nomes de quem se quotizou; Manuel Alegre comenta a impaciência de Delgado no planeamento da acção revolucionária da junta.