Vitorino Nemésio fala da vida e morte de Nuno Simões, uma das personalidades mais notáveis nos últimos anos, nomeadamente nas relações luso-brasileiras; define-o como jornalista, especialista em assuntos económicos, parlamentar, ministro do Comércio e escritor; considera-o um dos últimos sobreviventes da vida pública da Primeira República, embora não tenha tido uma carreira partidária estrita, mantendo uma posição de independência; fundador do jornal A Pátria na década de 20, sendo o precursor da imprensa da tarde, que reunia especialistas em diversos campos como: Virgílio Correia, no domínio da arqueologia e da arte, Luís Câmara dos Reis, na crítica literária aplicada, e Henrique Trindade Coelho, nos aspetos políticos; lembra que Nuno Simões foi Ministro do Comércio, quando rebenta o caso de Alves dos Reis, o que lhe criou vários dissabores e implicações; foi também um dos pioneiros da união luso-brasileira, juntamente com João de Barros; caracteriza João de Barros como uma pessoa de carácter efusivo, entusiasta, utópico, e Nuno Simões como uma pessoa discreta, eficaz, de economicidade, de bons modos e linguagem e elevada capacidade de congregar vontades.