Distrito de Faro: Andar no Mar

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De Vila Real de Santo António até Sagres, os algarvios vivem da terra e do mar, da agricultura e da pesca. No primeiro de dois episódios dedicados ao distrito de Faro, são destacados os casos dos pescadores da região de Olhão, e dos empregados na indústria conserveira, e a sua luta para garantir melhores condições de trabalho e salariais, num momento em que se sente uma grave crise no setor.

  • Nome do Programa: Distrito de Faro: Andar no Mar
  • Nome da série: A Gente Que Nós Somos
  • Locais: Olhão, Sagres
  • Temas: Sociedade, Trabalho
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Pedra; plano aproximado e geral da Rosa dos Ventos, da Fortaleza de Sagres; paisagem de mar, rochas e cais alternado com exteriores e canhão da Fortaleza de Sagres; declarações de habitantes da Ilha do Farol (Olhão) sobre casos de pessoas que emigraram com recurso a vários meios de transporte e a emigração enquanto obrigação para ter melhores condições de vida alternado com homem idoso a empurrar máquina; galo; crianças e respetivos planos aproximados alternado com vista geral de habitações; plano aproximado de cão e escadote; homem idoso e gaiolas com pássaros à entrada de habitação. 05m35: Vistas aéreas de praia com rochas; mar e serras; plano em movimento de vista geral do distrito de Barrocal; vistas aéreas e paisagens de habitações junto à costa do mar e de mar. 07m15: Imagens noturnas de pescadores realizam tarefas no interior de barcos de pesca alternado com Fernando Belo, jornalista, entrevista pescadores sobre a impossibilidade de prever o que acontece quando saem para pescar, o valor da pesca e a diferença entre trabalhar na terra e no mar. 09m51: Imagens noturnas de chaminé e gato sentado alternado com Fernando Belo entrevista José Sebastião, acompanhado por sua esposa, sobre o seu quotidiano, a importância do trabalho na sua vida, os 26 anos que trabalhou como pescador e a sua esposa; lâmpada exterior acesa; planos aproximados da esposa. 13m17: Imagens noturnas de barco de pesca; Fernando Belo entrevista pescadores sobre não terem salário, a sua dependência em relação à pesca, o risco de trabalhar no mar principalmente durante o inverno alternado com planos aproximados das caras e mãos de pescadores. 15m41: Continuação da entrevista a José Sebastião sobre histórias durante os 26 anos que trabalhou como pescador no mar, com destaque para a história do Mestre Pantilha e a paixão com que conta as suas histórias alternado com árvore; plano de parede branca; máquina com gancho; interação entre José Sebastião e a esposa. 21m46: Lua desfocada; imagens noturnas de pescadores no interior de barco; cordas; Fernando Belo entrevista pescadores sobre o risco de trabalhar no mar, a necessidade do Governo valorizar a atividade e os pescadores, a luta do Sindicato em prol da criação de um salário anual, pago pelo armador, para os pescadores enquanto o barco estiver em atividade, o cumprimento da portaria do Governo e o trabalho dos pescadores e respetivas condições. 25m07: Descarregadores descarregam peixe proveniente da pesca alternado com Fernando Belo entrevista descarregador sobre o valor do seu vencimento mensal que não chega para viver independentemente das horas que trabalha e demonstra indignação com a situação ao dizer que “Ele gozam o prato! Como sabem que não há empregos em mais nenhum lado eles gozam o prato” “Eles gozavam antes do 25 de abril, depois veio o 25 de abril começamos a abrir mais o olho ()”; Fernando Belo entrevista pescadores sobre se a situação melhorava no caso de os barcos pertencerem aos pescadores; homem puxa carroça com caixas de madeira; cão deitado. 29m29: Beira-mar; entrada da Conserveira do Sul; Fernando Belo informa que tentaram filmar o interior e o processo de fabrico das conservas mas que lhe impossibilitaram a entrada e entrevista trabalhadores de Olhão, em frente à referida conserveira, sobre as condições de trabalho dos operários da fábrica de indústria de conservas, a luta dos sindicatos em prol de melhores salários e garantias e greves de trabalhadores e apanhadores (de 8 dias em junho de 1974 e de 21 dias) após o 25 de abril alternado com vistas aéreas e gerais de habitações; descarregadores executam tarefas e mulheres preparam o peixe proveniente da pesca e conservas. 32m34: Pescador puxa rede de pesca a partir de barco; gaivota a voar; continuação da entrevista aos operários de conserveira de Olhão, agora no interior de fábrica inativa, sobre as condições salariais dos apanhadores e a reativação da fábrica, sob controlo estatal, decidida pelo Ministério do Trabalho e Secretaria das Pescas e como o referido controlo não altera o trabalho já anteriormente efetuado e a “vida cara” que o turismo tem provocado aos operários alternado com apanhadores a executarem trabalho; interiores da fábrica e planos de operários da mesma; mulheres preparam peixe proveniente da pesca e conservas; Fernando Belo entrevista operário sobre o tempo que está sem trabalho na fábrica; linhas de montagem da conserveira e respetivos operários; pintura representativa de pescador. 37m19: Vista aérea e geral de habitações; Fernando Belo entrevista habitantes da Ilha do Farol (Olhão) sobre a pesca enquanto principal meio de sustento de grande parte dos habitantes da ilha, a necessidade de emigrar e as condições de vida e trabalho dos habitantes da ilha “Que nos deem aquilo que nós precisamos”; “Que tenhamos uma vida digna, para que não tenhamos de emigrar e trabalhar para Portugal para que sejamos amanhã um país de futuro”; “Queremos que isto melhore, um Portugal livre ou socialistas ou comunistas mas que venham para que nós tenhamos um trabalho digno”; “Eu não quero emigrar mais”, alternado com descarregadores a executarem tarefas; barcos atracados no cais; crianças e adultos habitantes da Ilha do Farol; plano fixo dos entrevistados.

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