Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na Guarda
Comemoração do Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas na Guarda, com a presença do Presidente da Republica António Ramalho Eanes e do Primeiro Ministro Mário Soares.
Resumo Analítico
Vista de seara, campo cultivado e de paisagem serrana; localidade rural; casa em construção e carrinha Citroen com matrícula estrangeira estacionada à porta; homem a trabalhar na construção civil. Declarações de Manuel, trabalhador, sobre a construção da moradia para um emigrante, o grande número de emigrantes existente na localidade, a sua experiência como emigrante em Paris durante dois anos, as casas que já construiu para emigrantes, a França como destino maioritário de emigração e o trabalho na construção civil como profissão mais escolhida, ilustrado com casas em construção e construídas, operário a trabalhar; vista da localidade com moradias, casas em construção e casas tradicionais. Veículos a passar na Alfândega; Guarda Fiscal carimba passaportes e faz o controlo alfandegário; declarações de emigrantes, no interior dos automóveis, sobre a estadia em França, o tempo a que estão emigrados, o trabalho que executam, a vinda de férias e o tempo que permanecerão emigrados; vista de localidade com prédios; cartazes do "Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas, 10 de Junho de 1977" e pormenores. Praça Luís de Camões na Guarda com multidão e automóveis estacionados no exterior da Sé Catedral; pessoas com chapéu-de-chuva abertos; Mário Soares, primeiro ministro, chega, perfila-se perante a guarda de honra, passa revista às tropas, assiste a desfile das forças em parada com fanfarra e dirige-se para edifício saudando a população; vista da multidão na praça; Mário Soares, ladeado por Vítor Alves, conselheiro da revolução e presidente da Comissão Organizadora do Dia das Comunidades, saúda os presentes e discursa referindo o período em que o pai, João Lopes Soares, foi Governador Civil da Guarda, brinca com a sua data de nascimento, menciona a sua ida à Guarda com o pai em 1945, para assistir à primeira sessão pública do Movimento de Unidade Democrática (MUD), ilustrado com lustre no teto, assistência, multidão na praça de chapéu-de-chuva abertos; presentes aplaudem; populares debruçam-se sobre o automóvel ministerial e cumprimentam Mário Soares que entra no automóvel ministerial. General António Ramalho Eanes, presidente da República, caminha saudando a multidão que o aplaude, perfila-se perante a guarda de honra e passa revista às tropas; pessoas em varandas engalanadas; populares assistem; desfile militar com fanfarra; individualidades assistem na tribuna; pessoas aplaudem na varanda e na rua à passagem da comitiva presidencial; António Ramalho Eanes saúda e é abraçado por populares; vista da comitiva na rua; criança oferece ramo de flores a António Ramalho Eanes; pessoas em cima da estátua de Dom Sancho I e multidão na Praça Camões. António Ramalho Eanes, ladeado por Mário Soares e Vasco da Gama Fernandes, presidente da Assembleia da República, saúda os presentes e discursa sobre a honra de receber as chaves da Guarda, símbolo de heroísmo e do abandono a que o Poder Central votou o interior forçando-o à emigração, a importância das autarquias na defesa dos interesses locais, presta homenagem às autarquias, particularmente às do interior esquecido, aos que foram forçados à emigração, à Guarda e suas gentes, ilustrado com multidão na praça com cartazes; presentes aplaudem, entre os quais Manuela Eanes, esposa de António Ramalho Eanes. António Ramalho Eanes recebe as chaves da cidade, troca impressões com Mário Soares, saúda a multidão na praça que o aplaude, conversa com populares na rua e posa com grupo com declarações de emigrantes em off sobre as Festas da Guarda, o convívio com o António Ramalho Eanes e Mário Soares como a melhor impressão que levam e o fortalecimento da união entres os emigrantes com a celebração das comemorações. Desenhos infantis representando a Guarda, emigrantes, emigração e Luís Vaz de Camões, poeta.