Biografia – Vida e Obra de Fernando Lopes-Graça I
Programa sobre a vida e obra do maestro e compositor Fernando Lopes-Graça.
Resumo Analítico
Fernando Lopes-Graça é considerado um dos maiores maestros e compositores portugueses do século XX. Nascido em Tomar, a 17 de Dezembro de 1906 faleceria na Parede, a 27 de Novembro de 1994; em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa; em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor Vianna da Motta (antigo aluno de Liszt) e considerado o maior pianista português de todos os tempos; em 1928 frequentaria também o curso de Ciências Históricas e Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa, que viria a abandonar em 1931, em protesto contra a repressão a uma greve académica; funda em Tomar, o semanário republicano "A Acção"; em 1931, no dia em que conclui, com a mais alta classificação, as provas de concurso para Professor de Solfejo e Piano do Conservatório Nacional, é preso pela polícia política, encerrado no Aljube e, a seguir, desterrado para Alpiarça; em 1934 concorre a uma bolsa de estudo, na área da música, para Paris: Ganha o concurso mas a decisão do júri é anulada por ordem da polícia política e em Setembro de 1935 é de novo preso e enviado para o Forte de Caxias; libertado em 1937 parte para França para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin; em 1939 recusa a nacionalidade francesa, sendo forçado a regressar a Portugal; em 1940 é-lhe proposto dirigir os Serviços de Música da Emissora Nacional, não chegando a tomar posse do cargo porque recusa assinar a declaração de "repúdio activo do comunismo e de todas as ideias subversivas" que, então, era exigida a todos os funcionários públicos; em 1945 integra o Movimento de Unidade Democrática, do qual enquanto dirigente, cria o Coro do Grupo Dramático Lisbonense, mais tarde Coro da Academia dos Amadores de Música, que após a sua morte foi renomeado Coro Lopes-Graça; adesão ao Partido Comunista Português; na década de cinquenta as orquestras nacionais são proibidas de interpretar obras de Fernando Lopes-Graça: os direitos de autor são-lhe confiscados e é-lhe anulado o diploma de professor do ensino particular sendo obrigado a abandonar a Academia dos Amadores de Música, à qual só regressaria em 1972. Contém extractos de entrevistas e audição de extractos de obras do compositor.