António Mega Ferreira: O Fascínio pelo Infame

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A jornalista Paula Moura Pinheiro conversa com António Mega Ferreira, escritor, sobre "Macedo - uma biografia da infâmia", o seu mais recente livro, a história um Padre, José Agostinho de Macedo, absolutista e miguelista, feroz polemista, brilhante orador e poeta que quis ser maior do que Camões, ficando para a História como prosador e como infame.

  • Nome do Programa: António Mega Ferreira: O Fascínio pelo Infame
  • Nome da série: CÂMARA CLARA VI
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Paula Moura Pinheiro, António Mega Ferreira
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Paula Moura Pinheiro Produção: Fátima Barros Realização: Teotónio Bernardo
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Paula Moura Pinheiro faz o resumo dos temas a tratar e a apresentação do convidado; genérico. António Mega Ferreira comenta a escolha desta personagem histórica para protagonista do seu livro, destaque para vários livros deste autor, Inocêncio Francisco da Silva também escreveu sobre esta personagem tal como Raúl Rego e Maria Ivone Ornellas de Andrade, grafismo com o livro "José Agostinho de Macedo, Um Iluminista Paradoxal", da autoria desta última; relato sobre a escrita de Macedo e a defesa das suas convições políticas e ideológicas, capa do livro "Macedo - uma biografia da infâmia", o facto de ser conhecido e reconhecido a nível nacional. 10h11m46: Reportagem sobre José Agostinho de Macedo: o escritor, em representação do século XIX, tela retratando o Marquês de Pombal, declarações de Jorge Pedreira, Professor da Universidade Nova de Lisboa, sobre a época histórica de Macedo, pinturas sobre a Revolução Francesa e a tomada da Bastilha, as invasões napoleónicas, o exílio da família real no Brasil, a revolução de 1820, retrato a óleo do Marechal Beresford (militar britânico que auxiliou Portugal nas lutas Napoleónicas), o regresso da família real e as lutas absolutistas com a implantação do Liberalismo, fotografias a preto e branco de camponeses no seu pobre quotidiano rural à época, ilustração retratando José Agostinho de Macedo (Jornalista: Luís Caetano). Conversa sobre a descontrução do tecido urbano de uma Lisboa devastada por muitos anos devido ao terramoto de 1755, época em que Macedo chega à capital vindo do Alentejo, a loucura da rainha D. Maria I, com D. João VI pouco determinado como regente, o exílio no Brasil, a seguir as invasões francesas, a ocupação dos ingleses, o Vintismo e depois as Lutas Liberais marcam todo um período histórico bastante conturbado. 10h20m55: Reportagem sobre a rivalidade entre Macedo e Bocage: ilustrações de ambos os poetas, de Lisboa no século XIX, da prisão do Limoeiro, dos botequins, da cena da morte de Bocage quando se reconcilia com Macedo, gravura de Macedo cujo nome arcádio era Elmiro Tagideu, capa do 1º livro de rimas de Manoel Maria de Barbosa du Bocage, retrato de Bocage que aderindo à nova Arcádia se torna Elmano Sadino, retrato a óleo de D. Maria Teresa, filha de D. João VI, onde ambos os poetas participam num sarau em sua honra e impressionam pelo improviso e talento literário, grafismo com a capa do livro "As Plantas, Poema de Ricardo de Castel" com tradução de Bocage, onde este dedica uns versos de escárnio a Macedo, grafismo com os mesmos e com a resposta de Macedo e tréplica de Bocage, após doença deste último os dois reencontram-se e trocam versos elogiosos, grafismo com os mesmos, retratos em janela dos dois poetas (Jornalista: Luís Caetano / Grafismo / Andreia Reisinho Costa). Grafismo com capa do livro "Antologia Poética", de Bocage, António Mega Ferreira fala da relação de Macedo com as prostitutas e as freiras do Convento de Odivelas, sobre as suas cartas de amor para D. Feliciana, Freira do Convento do Rato, referência à obra "Censura dos Lusíadas", da sua lavra, grafismo com o livro "Bocage", de Adelto Gonçalves. Comentários sobre a megalomania de Macedo e o seu humor verrinoso, considerando-o "um excesso de si mesmo". 10h31m40: Reportagem sobre a obra "Arquivo Secreto do Vaticano": trecho desta obra onde 2 padres do Recife denunciam que Frei António de Jesus Maria José permite a entrada de mulheres no convento, Frei Vicente da Silva é considerado culpado por conduta libertina e irreligiosa, grafismo com capa dos 3 volumes do "Arquivo Secreto do Vaticano"; declarações de José Eduardo Franco, Coordenador desta obra, sobre a expansão portuguesa, fotografias do arquivo do Vaticano, grafismo com documentos manuscritos e com a obra completa e encadernada (Jornalista: Luís Caetano). António Mega Ferreira fala sobre o mito do jesuitismo e a oposição desproporcionada do Marquês de Pombal à Companhia de Jesus; capa do livro "História de Portugal" de Oliveira Martins, que também sublinha este ódio, o Dicionário Temático dos Agostinhos vem branquear a figura do Padre Macedo de modo não documentado, Mega Ferreira fala numa pornografia do ódio em relação aos textos do Padre Macedo que incitam à morte e violência de maçons e liberais. 10h38m41: Afinidades: Sugestões de Mega Ferreira: excerto da atuação da Orquestra Filarmónica de Viena dirigida por Leonard Bernstein com a Sinfonia nº5 de Gustav Mahler; excerto do filme "Um Caso de Vida ou de Morte", (A Matter of Life and Death) de Michael Powell e Emeric Pressburger, de 1946, capa do seu DVD; livro "D. Quixote de La Mancha", de Miguel Cervantes com tradução de Serras Pereira, folhear do mesmo. 10h48m14: Divulgação literária: livros "O amante é sempre o último a saber" de Rui Zink, "Coração Andarilho" de Nélida Piñon, "Abraço" de José Luís Peixoto, "À Espera no Centeio" de J.D. Salinger, "Némesis" de Philip Roth, "Primeira República, Como Cai um Regime" de António José Telo, e "Isabel de Aragão Rainha Santa" de Vitorino Nemésio. Mega Ferreira alude ao seu livro sobre Macedo não como uma biografia académica ou científica mas uma biografia literária porque contém alguma fição apesar das referências históricas documentadas. 10h51m35: Trailer do filme "Crazy Horse", de Frederick Wiseman.

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