Análise sobre a Guerra do Golfo
Jornalista José Rodrigues dos Santos em estúdio, com os convidados Nuno Rogeiro, analista de política internacional, Comandante Virgílio Carvalho, especialista em assuntos militares, e com o jornalista Manuel Menezes, sobre as últimas notícias sobre a guerra no Golfo Pérsico.
Resumo Analítico
Rodrigues dos Santos conversa com Nuno Rogeiro sobre a provável reacção do Iraque aos ataques das forças multinacionais; Rogeiro estranha que a Rádio Bagdad ainda esteja a emitir, uma vez que era um dos alvos prioritários das tropas aliadas. Virgílio de Carvalho diz que depois desta primeira fase de ataques deverá começar a guerra psicológica; Rogeiro caracteriza a personalidade de Saddam Hussein; Manuel Menezes, resume as últimas notícias chegadas dos Estados Unidos da América (EUA) e diz que o Pentágono afirma que, segundo os relatórios dos pilotos envolvidos nos bombardeamentos, os ataques ao Iraque foram um sucesso e que cerca de 100 bases aéreas iraquianas foram destruídas. Virgílio Carvalho explica que as tropas americanas têm equipas excepcionais e estão sempre em treinos. Rodrigues dos Santos anuncia que o Partido Comunista Português condenou a ofensiva das tropas multinacionais contra o Iraque; Rogeiro diz estar convencido que os serviços secretos dos EUA, de Israel e da União Soviética convenceram o Governo do Iraque de que a guerra só começaria no fim-de-semana e, por isso, os iraquianos foram surpreendidos pelos ataques desta noite. Raúl Durão lê os últimos telexes das agências de notícias sobre a Bolsa de Hong-Kong e a autorização de George Bush, Presidente dos EUA, para a distribuição de petróleo da reserva estratégica do país, em caso de necessidade; Rodrigues dos Santos diz que a CNN está a anunciar que a aviação iraquiana foi completamente destruída pelos bombardeamentos aliados; Nuno Rogeiro lembra que o Iraque tem aviões militares de reserva em países amigos como o Sudão e o Iémen; adianta que após esta primeira fase vem a tarefa mais difícil, que é convencer a população iraquiana da necessidade de mudar de regime; chama a atenção para a possibilidade de ocorrerem atentados terroristas como retaliação ao ataque das forças multinacionais. Virgílio Carvalho diz esperar que o conflito no Golfo Pérsico não seja o início de uma III Guerra Mundial; Manuel Menezes faz o resumo das principais notícias sobre o ataque das forças aliadas.