Ama Como a Estrada Começa

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A vida e a obra do pintor e poeta Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006), um dos principais representantes do movimento surrealista em Portugal, nas artes plásticas e na literatura. Inclui os depoimentos do próprio, bem como os de amigos e especialistas na sua obra artística e literária. Um documentário originalmente exibido no dia da sua morte aos 83 anos.

  • Nome do Programa: Ama Como a Estrada Começa
  • Personalidades: Mário Cesariny de Vasconcelos
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Música: Nuno Canavarro Produtor: Manuel Rebelo e Isabel Silva Realizador: Diogo Collares Pereira
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Início do programa com sucessão de imagens de Mário Cesariny em Lisboa, em Famalicão, na Costa de Caparica e no quarto; retrato a preto e branco do próprio.Planos próximos do rosto do artista em slow motion, relato em off dos seus dados biográficos. 04m50: Declarações de Mário Cesariny sobre a sua infância, as suas férias na praia, vistas da praia, do areal deserto; comenta ser mais fácil ter lembrança do inferno do que do paraíso; desenho do rosto da sua mãe, Mercedes Cesariny Vasconcelos, pelo artista, relato das relações difíceis com o seu pai, "eu não sabia o que queria mas sabia o que não queria"; autoretrato de Cesariny, fotografia; a tocar piano, relembra as lições de música com Fernando Lopes Graça, os seus estudos na Escola António Arroio de cinzelagem e um curso de habilitação às Belas-Artes, fotografia com colegas; fachada desta escola, retratos a óleo de Falcão Trigoso, Pintor português, seu mestre. Bloco de imagens a preto e branco com moldura de Lisboa e de movimento de rua à época. 10m19: Mário Cesariny de peruca na praia da Costa da Caparica relembra esta praia há 50 anos intercalado com declarações de Isabel Meyrelles, Poeta/ Escultora/ Tradutora, que relembra esta época (1940) e episódios de férias em casa de um pescador; vistas da "descida das vacas", escarpas da Caparica. Comentários de Eurico Gonçalves, Pintor/Professor/Crítico de Arte, sobre o Movimento do Surrealismo, fotografias a preto e branco de Cesariny, de Rui Mário Gonçalves, Crítico de Arte, sobre a pintura de Cesariny após 1947, Mário Cesariny fala sobre a sua escrita, os seus poemas, Henrique Risques Pereira, Engenheiro, e Manuela Correia, Psiquiatra, comentam a técnica de Cesariny, quadros e colagens deste artista. 16m25: Declarações de Rui Mário Gonçalves e de Bernardo Pinto de Almeida, Crítico e Historiador de Arte, sobre a pintura informal de Cesariny e de como foi pioneiro nesta arte do Informalismo utilizando "técnicas bizarras de invenção plástica". Carlos Calvet, Arquitecto/Pintor, disserta sobre as "tinturas de Cesariny" com "resultados estimulantes", de Eurico Gonçalves, que o considera o primeiro pintor informalista português e dos primeiros pintores surrealistas a chegar à abstração, pintura de Cesariny, de Bernardo Pinto de Almeida, e de Henrique Risques Pereira, sobre o grupo surrealista de Lisboa e depois o grupo dissidente, fotografia deste grupo. Comentários de Carlos Calvet e Isabel Meyrelles sobre o grupo surrealista, fotografias a preto e branco deste grupo, do exterior e interior do Café Restaurante Royal, de Isabel Meyrelles em jovem. 20m24: Declarações de Mário Cesariny e de de Henrique Risques Pereira sobre a dissolução do grupo surrealista após a morte de António Maria Lisboa, retratos deste e de Cesariny. Declarações legendadas de César Antonio Molina, Director Circulo de Bellas Artes de Madrid, que considera Cesariny "o expoente máximo das contradições", de Fernando J. B. Martinho, Crítico Literário/ Professor Universitário, sobre a poesia crítica de Cesariny, colagem com nota manuscrita deste artista. Cesariny na praia da Caparica retira peruca e declama poema de Mário de Sá Carneiro intitulado "Quase"; Fernando J. B. Martinho e Fernando Guimarães, Poeta / Crítico, referem a intensificação da vida e o imaginário insólito na obra de Cesariny. 25m04: Retrato de Cesariny, declarações de Henrique Risques Pereira, sobre o lirismo e magia da sua poesia, grafismo com poema in "Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano", 1952, de César Antonio Molina ( legendadas) sobre o combate que Cesariny faz a Fernando Pessoa e a defesa de Teixeira de Pascoaes; capa do livro "O Virgem Negra", 1989, de António Cândido Franco, Poeta / Professor Universitário Évora, sobre a escolha de Teixeira de Pascoaes como interlocutor privilegiado da poesia de Cesariny, retrato de Teixeira de Pascoaes. Cesariny comenta o fenómeno Pessoa e a sua escolha de Pascoaes, que considera "o mago, o velho da montanha"; declarações de António Cândido Franco sobre Pascoaes ser o único poeta que Cesariny estudou e sobre o qual fez uma antologia, grafismo com o "Comunicado", de Cesariny, retrato de Teixeira de Pascoaes, e livro de Cesariny sobre Teixeira de Pascoaes, que contém toda a sua produção literária e de pintura, intitulado "Poesia de Teixeira de Pascoaes, Antologia organizada por Mário Cesariny" com prefácio de Cesariny. 29m38: Vistas dos exteriores da Casa de Pascoaes, em Amarante, fotografias de Cesariny. Mário Cesariny fala sobre o Saudosismo de Pascoaes, imagens da Lua no céu nocturno; declarações de Manuela Correia sobre "o diálogo com o exterior" feito por Cesariny. Cesariny comenta as suas viagens e amigos, fotografias de Cesariny em Paris, de Maria Helena Vieira da Silva, Pintora, com amigos, entre eles Hélder de Macedo e João Vieira, com Árpad Szenes. 34m31: Declarações de Ana Hatherly, Poeta / Professora Universidade Nova, que relata quando o conheceu em casa de Natália Correia no início da década de 60, fotografia de Natália Correia e de Cesariny nesta época, grafismo com o poema "Ditirambo", sobre a colaboração do artista na revista "Poesia Experimental", sobre a sua posição subversiva, capa desta revista, fotografia de grupo com Cesariny nas ruas de Lisboa por altura da revolução do 25 de Abril (a 26 Abril de 1974) com Melo e Castro, Ana Hatherly e António de Aragão (fundadores do experimentalismo português). Comentários de Manuela Correia sobre a personalidade de Mário Cesariny intercaladas com observações deste artista, de Carlos Calvet sobre as suas filmagens que resumem o leitmotiv de Cesariny como poeta, com a poesia, excertos deste filme intitulado "Momentos na Vida do Poeta", Cesariny declama o poema "Autografia". 44m08: Comentários de Manuela Correia que relembra Cesariny a falar de Manuel Hermínio Monteiro, empresário e editor da Assírio & Alvim, como "um ser solar", vigoroso e entusiástico, intercaladas com imagens deste com Cesariny e a própria. Cesariny declara que sempre escreveu poemas no café, nunca em casa; Fernando J. B. Martinho relembra como Cesariny falava sobre o amor, fotografias do artista. Mário Cesariny fala sobre o seu poema "Ama como a Estrada Começa" e afirma não saber o que isto quer dizer, sobre o Surrealismo francês de André Breton. 47m13: Cesariny na praia da Caparica fala sobre a trilogia surrealista "Amor, Liberdade e Poesia"; fotografias de Cesariny; breves declarações de Fernando J. B. Martinho, de César Antonio Molina, Fernando Guimarães, Isabel Meyrelles, António Cândido Franco, Rui Mário Gonçalves, Carlos Calvet, Henrique Risques Pereira, Eurico Gonçalves, Bernardo Pinto de Almeida, Ana Hatherly e Manuela Correia sobre o homem e a obra. 50m16: Cesariny na praia da Caparica declama o seu poema "Queria..." a olhar para a peruca (curiosidade); final do programa com imagens de Cesariny sentado em sofá na praia vs ficha técnica.

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