A Poesia dos Trovadores

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Programa com autoria e apresentação de Natália Correia sobre a poesia dos trovadores, os primeiros poetas que se exprimiram em língua portuguesa, cultivando não apenas o lirismo romântico mas também a poesia satírica, em "cantigas de escárnio e maldizer".

  • Nome do Programa: Neste Lugar Onde... A Poesia dos Trovadores
  • Nome da série: Um Mais Um Igual a Um
  • Locais: Leiria
  • Personalidades: Natália Correia, Carlos Alberto Vidal
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autor: Natália Correia Produtor: Sande Freire e Constance Marques Realizador: Dórdio Guimarães
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Natália Correia faz uma introdução ao tema em que faz referência ao trovador Airas Peres Vuitoron, século XIII, que cantou a guerra de Dom Sancho II, ilustrado por gravuras da época medieval onde figuram cavaleiros e trovadores. 04m15: Leiria, muralhas do Castelo; junto às ameias a apresentadora informa sobre a fundação do castelo por Dom Afonso Henriques e o tempo em que ali foi alcaide Martim Fernandes que traiu a menagem a Dom Sancho II; leitura do início e do fim do poema de Airas Peres “O que entregou Leiria diz que cumpriu a preceito”; pintura com dois bispos da Igreja Católica; a poetisa fala sobre a pressão dos bispos sobre os alcaides para entregarem os castelos ao conde de Bolonha e lê a cantiga satírica de Diego Pezelho, trovador, sobre o pedido de libertação da excomunhão de um alcaide - “Meu senhor arcebispo and eu escomungado”, ilustrado por pintura de batalhas, gravuras de condenados e de pecadores entre chamas de fogo; Natália Correia refere a defesa de Alexandre Herculano de Dom Sancho II e das povoações que o apoiaram apesar das excomunhões realizadas pelos bispos. 07m36: Leitura do excerto da “História de Portugal”, ilustrado por pintura do escritor e pela página de rosto da obra; referência à destituição de Dom Sancho II e atribuição do trono português ao conde de Bolonha pelo Papa Inocêncio IV devido às queixas de anarquia e de violência no reinado; leitura de excerto da “Crónica de 1419” sobre o bom acolhimento do conde de Bolonha em Portugal. 09m04: no interior do Castelo de Leiria, a apresentadora lê outro excerto da “História de Portugal” sobre as Cortes de Leiria que Dom Afonso III reuniu em 1254, considerando que a poesia trovadoresca atinge o seu apogeu neste reinado, ilustrado por pintura de uma donzela a coroar com flores um cavaleiro; comentário sobre a condenação dos actos dos bispos na guerra civil de 1246 quer pelos trovadores do século XIII quer por Alexandre Herculano. 11m22: o desprezo pelo clero em relação ao milagre de Ourique verificado na véspera da batalha contra os mouros e a adoração da mulher pelos trovadores, ilustrado por um painel de azulejos em azul com a imagem da batalha e por escultura e pintura de mulheres; Natália Correia salienta as “Cantigas de Santa Maria” do rei Dom Afonso X de Castela, o sábio; leitura de cantiga do rei “Rosa de beldade e de parecer”, ilustrado por esculturas de figuras femininas, retirada do livro “Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses” publicado em 1970 pela apresentadora; introdução ao género das cantigas de amor e de amigo, onde se nota a influência na poesia provençal do refrão e do paralelismo da poesia galaico-portuguesa. 14m28: Leitura em voz off da primeira estrofe da cantiga de amigo “Fui à fonte lavar os cabelos” do trovador João Soares Coelho, ilustrado por uma jovem de cabelos compridos à beira de uma fonte, da cantiga “Ondas do mar de Vigo, se viste o meu amigo” de Martim Codax, trovador, ilustrado pela rebentação das ondas nas rochas, e da cantiga “Ai flores, ai flores de verde pino” atribuída ao rei Dom Dinis, ilustrada por pinheiros; leitura da cantiga de amigo composta pelo trovador Airas Nunes “Bailemos nós todas três, ai amigas”, ilustrado pela dança em redor de uma árvore de Maria Paula, Dora e Ana, bailarinas, ao som de música medieval. 16m57: Apresentação do género da cantiga de amor, ilustrada pela sombra de um homem ajoelhado aos pés de uma mulher vista através de vitrais, representando o sofrimento do namorado ao estilo cortês; capa do livro de poesia “Trobas de Dom Dinis” publicado em 1970 por Natália Correia; gravura de Dom Dinis a p/b; sentada numa conversadeira de janela do castelo a apresentadora informa sobre a doação da vila de Leiria e do castelo de Dom Dinis à rainha Santa Isabel pelo rei, ilustrado com vista panorâmica sobre a vila; Paço de Dom João I, com arcaria gótica. 19m11: Apresentadora no interior de Igreja de Santa Maria da Pena, do século XII, nicho sepulcral destinado à rainha santa; junto ao portal da Igreja de Santa Maria a poetisa realça a fundação da Universidade de Coimbra em 1290 e a ordem de plantar o pinhal de Leiria pelo rei Dom Dinis; leitura do poema sobre Dom Dinis “Na noite escreve um seu cantar de amigo” da autoria do escritor Fernando Pessoa, ilustrado por pinheiros; no Paço de Dom João I, com vista sobre Leiria, Natália Correia declama a cantiga de amor do rei Dom Dinis “Senhora que bem pareceis”. 22m34: a poetisa fala acerca da eternização da linguagem das cantigas através da celebração do amor por novos poetas. 22m56: Carlos Vidal, cantor, com um vitral por trás, canta e toca com a guitarra a cantiga de amor “Dai-me notícias do sol”, música original de Fernando Guerra, cantor e compositor, com letra de Horácio de Oliveira, compositor.

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