A Informação e o Processo Democrático
Poucos meses decorridos sobre a revolução de 25 de abril, o professor Vitorino Nemésio sublinha o papel fundamental que os orgãos de informação desempenham no período delicado que Portugal atravessa, contribuindo para o processo democrático e para instaurar uma forte consciência cívica e social na população portuguesa.
Resumo Analítico
Vitorino Nemésio conversa sobre a aceleração do processo democrático em ordem a instaurar um grau forte de consciência cívica e social, através da informação, sobretudo no período crítico que o país atravessa; a imaturidade política e cívica do povo português; refere a tendência da linguagem, linguagem abstractivada, apartada do dever correcto de informar, de se responsabilizar, de se referir à fonte; o problema da informação no sentido lato; a informação de linguagem estereotipada; a linguagem dos meios de comunicação social; refere a imprensa e " A Galáxia de Gotenberg"; a informação especializada; o modo macroscópico da informação, (imprensa, rádio e televisão); sobre informação difusa e a reacção no receptor; o impacto da informação em simultâneo na mente do receptor; refere o lugar fulcral que a informação tomou perante a sociedade; refere a informação como um instrumento perigoso, delicado; sobre a perturbação da informação; a ambiguidade do informador e o tratamento da informação; a influência na opinião pública; a informação de carácter proletário, atmosfera de contestação em geral, que gera agressividade sem objecto, inimizade sem inimigos; sobre o papel benéfico e nefasto que os jornais portugueses, sobretudo os de Lisboa, exercem; jornais patronais; refere a estrutura hierárquica de um jornal e as cumplicidades, refere o redactor, como executante de ordens superiores; a imagem de um jornal em conflito latente; sobre liberdade de imprensa e a incoerência; refere o estado perigoso da informação sobretudo da imprensa portuguesa.