A Costa dos Três Ouros – Parte I
Primeira parte do programa conduzido por Miguel Portas, sobre a presença portuguesa na ilha de Moçambique e a sua importância como entreposto nas rotas de comércio e local de abrigo, quarentena e restabelecimento para marinheiros enfermos. No Índico, a rota portuguesa é a do comércio de ouro, marfim e escravos, passando pelas Ilhas de Moçambique, de Ibo até Zanzibar.
Resumo Analítico
Miguel Portas faz uma breve introdução à temática abordada no programa; homens negros trabalham nas plantações de palmar, cocos são descascados e abertos para lhes ser retirada a água e fogueiras são ateadas com cascas do coco para secar a copra. 10h04m50 Cultura do algodão, plantações, sacos cheios de flor de algodão, mulheres apanham algodão, boas imagens de campos de algodão; cantos e danças africanos, rituais de iniciação: homem espeta ferros na testa e nos braços e em seguida faz o mesmo a criança que dança. 10h07m42: Ilha de Moçambique, vestígios da presença portuguesa com destaque para edifício de 1538 que foi o primeiro hospital da ilha e que atualmente só funciona em parte, onde Miguel Portas faz referência à presença portuguesa e inglesa na ilha; edifício com sinais de desgaste; fortaleza portuguesa, a maior construída na Costa Oriental do continente, destacando-se a janela com cantarias importadas de Lisboa; igreja construída pelos portugueses junto ao mar e praia onde mulher apanha missangas; vistas da ilha e exterior do Cineteatro Nina e do antigo clube desportivo em ruínas; Miguel Portas refere o desembarque dos colonos e "visitantes brancos" na ilha de Moçambique e o seu desenvolvimento em função dos interesses dos colonos. 10h13m10 Pescadores chegam da faina e descarregam peixe; mercado tradicional; casas com telhado de macuti contrasta com edifícios deixados pelos portugueses em ruínas; crianças dançam no antigo jardim do governador; vistas do rio Zambeze; figuras rupestres pintadas nas rochas; aldeias típicas de Moçambique, vida quotidiana das pessoas, mulher tira água do poço e criação de gado; Miguel Portas refere o contacto entre os portugueses e os povos africanos. 10h17m55: Construção de casa típica na região de Manica; cultos religiosos africanos com destaque para xamã faz reza; comunidade religiosa síria dança de sincretismo que reflete a mistura entre cristão e espiritismo africano; Região de Macondes, artesãos macondes trabalham pau preto e fazem martelos para tribunais moçambicanos e trabalham o marfim; mulheres com cara pintada de branco, trabalho das mulheres da aldeia. 10h21m38: Ilha de Ibo, zona de Cabo Delgado, destacando-se casas em ruinas e vestígios de cemitério que refletem a presença portuguesa; aspetos da cidade, que no seculo XIX teve o seu apogeu com o tráfico dos escravos, como casas do tipo colonial; planos de forte português que atualmente serve como oficina onde artesãos trabalham a prata; queimada; Miguel Portas passeia na cidade e refere aspetos atuais do local. 10h25m10: Homens torcem sisal manualmente em Rituto na Ilha de Ibo; mulheres com cestos nas cabeças e algumas com o rosto pintado de branco; Miguel Portas conta história da Companhia do Niassa, criada para desenvolver o Norte de Moçambique mas que terminou na falência deixando a região ainda mais pobre.