Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros nasceu no dia 20 de maio de 1937, em Lisboa. Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Foi uma escritora, jornalista, poetisa e ativista. Em 1960 lança o seu primeiro livro de poemas "Espelho Inicial", foi dirigente do ABC Cine-Clube, e fez parte do Movimento Feminista de Portugal juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, as "Três Marias", que em conjunto publicaram o livro "Novas Cartas Portuguesas", apreendido pela censura, por revelar situações discriminatórias em Portugal, durante o regime do Estado Novo, e as suas autoras levadas a julgamento por “ofensa à moral pública”. O caso das "Três Marias", como ficou conhecido o processo instaurado pelo Estado Português depois da publicação do livro, foi votado em junho de 1973, na conferência da "National Organization for Women", em Boston, como a primeira causa feminista internacional.
Devido à sua repercussão no estrangeiro, o livro "Novas Cartas Portuguesas" foi traduzido para vários idiomas, e atualmente é um dos livros portugueses mais traduzidos.
Maria Teresa Horta publicou textos em vários jornais, e no jornal "A Capital" liderou o suplemento "Literatura e Arte" por onde passaram grandes nomes da literatura portuguesa. Foi chefe de redação da revista "Mulheres" e militante do Partido Comunista Português durante 14 anos. No dia 8 de março de 2004, foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
O romance "As Luzes de Leonor" foi distinguido com o Prémio Máxima de Literatura e com o Prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus, o qual aceitou, mas recusou-se recebê-lo por ser entregue pelo primeiro ministro Pedro Passos Coelho.
Em 2014 recebeu o Prémio Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores, e em 2017 recusou receber o 4º Prémio Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, com o seu livro "Anunciações", atribuído pelo Itaú Cultural no Brasil, por ser um prémio ex aequo com outro escritor. O mesmo livro, no mesmo ano, vence o Prémio Autores, na categoria "Melhor Livro de Poesia".
Em 2020 é distinguida com a Medalha de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura, a 21 de abril de 2022, foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e em 2023, o ISPA distinguiu-a com o título de Doutora Honoris Causa.
Maria Teresa Velho, em 2024 é distinguida com o Prémio Liberdade, no âmbito dos Prémios ACTIVA Mulheres Inspiradoras, e também em 2024 torna-se na primeira mulher a receber o Prémio Rodrigues Sampaio, atribuído pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Foi autora de várias livros de poesia e ficção. Maria Teresa Horta morreu a 4 de fevereiro de 2025, e a 6 de fevereiro a Ordem de Advogados atribuiu-lhe, a título póstumo, o Prémio Elina Guimarães.