Luís Infante de Lacerda de Sttau Monteiro nasceu no dia 3 de abril de 1926, em Lisboa. Com 10 anos de idade muda-se para Londres com os pais. Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo trabalhado como advogado por pouco tempo, dedicando-se ao jornalismo quando regressou novamente para o Reino Unido. Ao regressar a Portugal colaborou em diversas publicações, destacando-se a revista "Almanaque", onde usou o pseudónimo Manuel Pedrosa, e no suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa. A sua carreira literária iniciou-se em 1960, com a publicação do romance "Um Homem não Chora", e em 1961, "Angústia para o jantar". Como dramaturgo "Felizmente há Luar", obra distinguida com o Grande Prémio de Teatro, atribuído pela Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, e proibida a sua representação pela censura. Sttau Monteiro foi preso em 1967 pela Pide após a publicação das peças de teatro "A Guerra Santa" e "A Estátua", sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial. Em 1971, em conjunto com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance "A Relíquia" de Eça de Queirós, representada no Teatro Maria Matos. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a peça "Felizmente há Luar" é representada pela primeira vez, pelo Teatro de Ensaio do Barreiro (TEB), em 1975, e em 1978 pela Companhia do Teatro Nacional D. Maria II. Foi colaborador de semanários como o "Se7e", "O Jornal" e o "Expresso". Em 1985, estreia a telenovela "Chuva na Areia", baseada no seu romance inédito "Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão".
Luís de Sttau Monteiro morreu a 23 de julho de 1993, em Lisboa, e é condecorado a título póstumo nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 1994.