Curso de formação artística, na Sociedade Nacional de Belas Artes
A importância e a estrutura do Curso de Formação Artística, criado em 1965 pela Sociedade Nacional de Belas-Artes, para formação de técnicos de comunicação visual aptos a trabalhar em serviços de atelier.
Resumo Analítico
Fachada da Sociedade Nacional de Belas-Artes; cartaz da exposição do Curso de Formação Artística de 1970; cadeiras. 03m23: Depoimento de Adriano Gusmão, docente do Curso de Formação Artística, sobre o curso, a sua duração trienal e a distribuição das matérias do plano curricular. Rolando Augusto Bebiano Vitorino Dantas Pereira Sá Nogueira, docente de Técnicas de Representação no Plano, acompanha alunos na elaboração de trabalhos; trabalhos de alunos; estudos de cor. 05m40: Depoimento de Rolando de Sá Nogueira, sobre o objectivo da sua cadeira e a difícil adequação de planos de cursos similares estrangeiros à realidade escolar portuguesa. 07m13: Depoimento de Fernando Conduto, docente de Técnicas de Representação no Espaço, sobre o âmbito da cadeira por si leccionada; o facto de desenvolver em termos espaciais as ideias e projectos já delineados por Rolando Sá Nogueira; a importância das cores, da luz e dos materiais na diferenciação sensorial dos resultados obtidos. Sala de aulas com trabalhos escolares afixados nas paredes e dispostos sobre estiradores; desenho técnico de uma cadeira em várias perspectivas; desenho técnico de chávena. 12m09: Depoimento de Adriano Gusmão sobre a importância da cadeira de Geometria e o seu funcionamento pós-laboral com docência de Rocha de Sousa e Luís Filipe de Oliveira. 13m45: Depoimentos de estudantes sobre as motivações que os levaram a fazer o curso e a valorização profissional com este obtida. Exercícios de rotação de sólidos; trabalhos escolares. 20m16: Depoimento de Rolando Sá Nogueira sobre as áreas de especialização em comunicação visual e em equipamentos e objectos, a sua aplicação e a especialização prevista em têxteis. Mão folheia sebentas relativas a têxteis, metais, padrões e design de objectos e interiores. 22m31: Depoimento de Adriano Gusmão sobre o programa de História de Arte, o especial enfoque dado ao período do Renascimento e seu confronto com a Arte Moderna; as disciplinas de Arquitectura do ambiente, História e Teoria do Design, Sociologia da Informação e Teoria do Espectáculo; a dificuldade em recrutar docentes para certas áreas e o facto de as aulas poderem ser frequentadas por pessoas interessadas nas matérias mas não inscritas no curso. 26m07: Alunos comentam o facto de o curso ter excedido as expectativas, a disciplina e a liberdade existentes no curso e a falta de preparação dos alunos para um sistema de ensino sem faltas, exames e notas. 28m37: Depoimento de Fernando Conduto e Rolando Sá Nogueira sobre o facto de a disciplina das aulas não ser imposta, mas construída por professores e alunos. Alunas esclarecem que a disciplina nasce de um clima de camaradagem entre professores e alunos, não sendo institucionalmente imposta. 34m34: Depoimentos de aluna sobre as expectativas profissionais após o curso. Fernando Conduto afirma que o curso permite aos alunos a obtenção de uma nova forma de ver a cidade. Alunos comentam a importância das matérias aprendidas no primeiro ano. 40m12: Depoimento de Nuno Portas, docente do curso, sobre as dificuldades sentidas ao nível do ensino artístico em geral e do curso em particular, a carácter vital do design para as actividades produtivas, a importância das artes gráficas na vida quotidiana, a necessidade e a importância do curso no desenvolvimento de criativos num país com uma educação visual muito deficiente, a necessidade de formação de docentes dentro da área, a filosofia do curso, a ligação do curso à sociedade e à indústria, a importância de um investimento humano e material no design e na inovação, o design como auxiliar no desenvolvimento da indústria e não como algo desta dependente e as vantagens e desvantagens de se tratar de um curso ministrado a um pequeno grupo de pessoas. 50m46: Depoimento de alunos relativamente ao custo das propinas. Nuno Portas relembra o facto de haver pessoas a trabalhar em design sem formação, a importância de formar essas pessoas e de o curso em regime pós-laboral permitir a entrada de pessoas na vida activa com preparação adequada.