Biblioteca Joanina
Programa apresentado por Paula Moura Pinheiro e dedicado à Biblioteca Joanina, Património da Humanidade da UNESCO, a antiga Casa da Livraria universitária, classificada como a mais sumptuosa Biblioteca Universitária do Mundo e obra prima do Barroco europeu, foi encomendada por D. João V para a Universidade de Coimbra e guarda livros que são tesouros universais, conforme nos explica o convidado Carlos Fiolhais, Professor da Universidade de Coimbra.
Resumo Analítico
Início do programa com vista panorâmica da cidade de Coimbra, Pátio das Escolas, Universidade de Coimbra, Pátio da Faculdade de Direito, exterior e interior da Biblioteca Joanina, pormenores, mesas de leitura, Paula Moura Pinheiro, Apresentadora, explica o tema do programa. Grafismo com globo terrestre com destaque para a Península Ibérica e o território de Portugal com a cidade de Coimbra assinalada; vistas panorâmicas de Coimbra e do rio Mondego, Pátio das Escolas, Torre do Relógio com o sino conhecido como a Cabra, exterior da Faculdade de Medicina, imagens pelo interior desta Biblioteca do século XVIII, pormenores arquitetónicos. Comentários de Carlos Fiolhais, Professor da Universidade de Coimbra, sobre as três salas que comunicam entre si através de arcos idênticos ao portal e integralmente revestidos de estantes, decorados a motivos chineses e com tetos pintados onde se destaca sempre no centro a figura da Sabedoria em representações diferentes, na primeira sala estão representados os 4 continentes, América, África, Ásia e Europa, teto da segunda sala com figuras femininas que representam a Honra, Virtude, Fama e a Fortuna, e na terceira e última sala teto decorado com as musas das várias disciplinas como a Teologia, Justiça, Artes e Música. Destaque para letreiro em latim que encima pórtico de entrada com os dizeres "um sítio onde a mente medita e a pena aponta", ao fundo o retrato do rei D. João V, a nave central da Joanina faz com que a sua estrutura se assemelhe à de uma capela, em que o retrato de D. João V ocupa o lugar do altar, o grande retrato do Rei é atribuído ao italiano Domenico Duprà, destaque para inscrição no fundo do quadro. Destaque para o retrato a óleo do rei D. João V, exteriores da biblioteca que é um acrescento ao lado da capela real, comentários de Carlos Fiolhais sobre a vasta obra deixada por este rei, monumentos que mandou construir com o ouro vindo do Brasil, sobre a sua cultura e amor às artes e ciências, o prazer da leitura, o observatório real e a sua biblioteca que foi destruída pelo terramoto. Ilustração de Maria Ana da Áustria, mulher de D. João V, pormenores dos tetos das salas da biblioteca joanina. Primeiro andar da biblioteca, o único aberto ao público, referência ao trabalho de Manuel da Silva nas pinturas dos motivos orientais as Chinoiserie, motivos em talha dourada, pormenores das mesas de leitura de madeiras exóticas da autoria do mestre entalhador Francesco Gualdini. Carlos Fiolhais refere a existência de 55.000 livros, escada dissimulada dentro da estante para aceder às estantes de topo, muitas das obras estão digitalizadas para serem lidas em todo o mundo. Pormenores das paredes e janelões que deixam entrar luz mas mantêm uma temperatura e humidade constantes. Sala da biblioteca com livros antigos obras raras, sobre a mesa, destaque para bíblia hebraica manuscrita, desenhos antigos feitos de letras no frontispício do livro, um dos 3 volumes da História de Portugal, Roteiros da Índia, de D. João de Castro, pinturas constantes do mesmo com caravelas, povoados e castelos portugueses na Índia, a 1ª edição do livro "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto, de 1614, folha de rosto, e pedido de patente manuscrito de Bartolomeu Lourenço de Gusmão sobre a sua descoberta da Passarola, gravura desta invenção. Referência à existência de morcegos para eliminarem os insetos que danificam os livros, vista geral do interior da biblioteca.