Não Me Obriguem a Vir para a Rua Gritar
Documentário sobre o cantor José Afonso, baseado em depoimentos de amigos e contemporâneos abordando a sua importância no contexto da época em que viveu, e de alguns jovens artistas, nascidos já após a sua morte, sobre a atualidade da sua obra.
Resumo Analítico
Declarações iniciais de Pac Man [Da Weasel], acerca do documentário que se segue, sobre José Afonso (Zeca Afonso); 2m55: Excerto do concerto de Zeca Afonso no Coliseu dos Recreios de Lisboa em 1983; Declarações de Francisco Fanhais, cantor, Camilo Mortágua, Técnico de Desenvolvimento Rural e Alípio de Freitas, professor universitário falam, em jeito de tertúlia, sobre o seu amigo Zeca Afonso, relatam episódios e experiências vividas com este, falam do período ante e pós revolucionário, alternado com imagens de arquivo desse período e de discurso de Oliveira Salazar e de uma entrevista de Zeca Afonso; comparam ainda o período do 25 de Abril de 1974 com os tempos atuais, acerca dos quais, Alípio de Freitas afirma: "...as portas que Abril abriu foram-se fechando..."; sobre a família e as recordações que têm dela e a participação política do cantor, afirma, Camilo Mortágua: - "...o Zeca só era o Zeca porque mandava os partidos políticos à "merda" (...) quando ele afirma eu sou o meu próprio Comité Central...". 08m08: Planos de Target, street art, a trabalhar ao computador, de seguida refere a importância do ícone Zeca Afonso nos tempos hodiernos. 12m21: Excerto de "Cantigas de Maio", em simultâneo imagens de tropas. 15m03: Interpretação da música "Os Vampiros" pelos "Couple Coffee", alternado com declarações de Luanda Kosetti, vocalista deste grupo musical e filha de Alípio de Freitas. 18m06: Pac Man diz excertos de músicas de Zeca Afonso, em simultâneo imagens de arquivo de George W. Bush. 18m31: Declarações de Rui Vieira Nery, musicólogo e melómano e Carlos Martins, músico sobre as experiências com Zeca Afonso e das suas músicas. 22m31: Plano próximo de pratos de mistura de música (discos em vinil) onde os "Quebra-diskos" fazem a mistura de sons das músicas de Zeca Afonso alternado com declarações de DJ Glue e DJ Maskarilla, membros dos "Quebra-diskos". 27m56: Depoimento de "Daltonic Brothers", VJ´s, seguido da sua interpretação da música "Era um redondo vocábulo" que é também interpretada pelos "Rádio Macau"; declarações de Xana, vocalista e Flak, guitarrista dos "Rádio Macau". 32m41: Pac Man diz textos da autoria de Zeca Afonso, de seguida, excerto da música "Eu marchava de dia e de noite", em simultâneo imagens de poços de petróleo; Nancy Vieira interpreta "Tu gitana" e presta o seu depoimento sobre a importância de José Afonso na música nacional. Declarações de Sérgio Godinho, Vitorino e Sam The Kid, músicos falam em jeito de tertúlia sobre Zeca Afonso e a sua obra musical, principalmente as músicas de intervenção. 37m07: Excerto da música "Canto moço" interpretado pelos "The Vicious Five", seguido de declarações de Paulo Segadães e Joaquim Albergaria, músicos desta banda. 40m35: Pac Man, diz versos de músicas de Zeca Afonso, seguido de excerto de "Maio maduro Maio", em simultâneo imagens de arquivo de manifestações e de Zeca Afonso a cantar "Milho Verde". 44m17: Raquel Tavares interpreta "Maria Faia", seguido de declarações de Diogo Clemente, músico e da própria fadista, Raquel Tavares. 48m36: Pac Man, diz excertos de textos de Zeca Afonso, de seguida excerto da música "Menino de bairro negro", em simultâneo, imagens de crianças em bairros pobres, crianças africanas (subnutridas); Isabel do Carmo, endocrinologista e os seus filhos, Isabel Lindim, jornalista e Sérgio Antunes, arquiteto relatam experiências com a família de Zeca Afonso no período revolucionário. 53m16: Nuno Barbosa Aka Mosaik, writer, pinta um grafitte numa parede, alusivo a Zeca Afonso e Carlos Paredes, de seguida explica-o. 57m50: Depoimento de Bruno Bravo, encenador do grupo de teatro "Primeiros Sintomas" sobre a peça "A excepção e a regra" de Bertold Brecht, musicada com o tema "O coro dos tribunais" de Zeca Afonso, da qual o grupo interpreta um excerto. 01h01m29: Pac Man diz as últimas palavras do documentário, às quais se segue um excerto da música "Utopia" ilustrada com imagens de crianças a brincar no recreio de uma escola.