Manifestantes seguram bandeiras do PPD e do PS, gritam palavras de ordem e cantam o Hino Nacional alternado com vistas da multidão a partir da varanda do Ministério do Comércio Externo, chegada de manifestantes à Praça do Comércio e helicóptero patrulha o local. Vivo de Raúl Durão ilustrado com a chegada de manifestantes à Praça do Comércio, jornalistas da imprensa portuguesa e estrangeira no Ministério do Comércio Externo e homem fala através de megafone; manifestantes na praça e em cima da estátua de Dom José I, gritam palavras de ordem e exibem bandeiras dos partidos políticos associados à manifestação; polícias e jornalistas no interior do ministério; pessoas assistem à manifestação a partir do muro/muralha do Castelo de São Jorge. Manifestantes aplaudem; Mário Soares, secretário geral do PS, Capitão Vasco Lourenço, membro do Conselho da Revolução, e Manuel Alegre, do PS, surgem na varanda do Ministério do Comércio Externo, sendo a presença de Mário Soares aplaudida e celebrada pela população; manifestação vista a partir da janela; Gonçalo Ribeiro Telles, presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), aparece na varanda; manifestantes gritam "Sá Carneiro"; Francisco Salgado Zenha, membro do PS, e Mário Soares acenam à população; manifestantes exibem bandeiras e olham em direção à varanda; Manuel Alfredo Tito de Morais e José Medeiros Ferreira, do PS, e Joaquim Magalhães Mota, do PPD, nas varandas; manifestantes do PS e do PPD. Almirante José Pinheiro de Azevedo conversa com o Capitão João Sarmento Pimentel, opositor ao Estado Novo que esteve exilado no Brasil, nos corredores do ministério, dirige-se para a varanda, acena aos manifestantes sendo recebido e aplaudido entusiasticamente, ladeado por João Sarmento Pimentel, Mário Soares e Francisco Sá Carneiro, presidente do PPD, que erguem o punho e fazem o símbolo de vitória; planos panorâmico e gerais da manifestação no Terreiro do Paço alternado com José Pinheiro de Azevedo e Mário Soares testam o microfone. Discurso de José Pinheiro de Azevedo em que se dirige aos portugueses sobre a presença da multidão no Terreiro do Paço afirmando que "interpreto-a no sentido de que o povo português quer o VI Governo e quer que ele governe" e manifestantes gritam palavras de ordem reagindo às palavras que o primeiro ministro vai proferindo ao longo da intervenção. José Pinheiro de Azevedo afirma "O socialismo que defendemos é o que conduz a uma sociedade sem classes. Sem exploradores e sem explorados. Sem opressores e sem oprimidos. Sem privilegiados e sem párias" e refere-se à soberania e ao poder popular; manifestantes assobiam passagem de helicóptero e gritam palavras de ordem. Major Ernesto Melo Antunes e Vasco Lourenço fumam na varanda; planos dos manifestantes e helicóptero alternado com José Pinheiro de Azevedo discursa afirmando que "o poder tende a tornar-se tirânico quando não limitado por um corpo de leis" e grita "disciplina, disciplina" com a manifestação. Manifestantes gritam "Governo só há um, o sexto e mais nenhum"; José Pinheiro de Azevedo refere os saneamentos, greves e ocupações "selvagens", as forças extremistas da extrema direita e da extrema esquerda e a contestação e hierarquia militar. José Pinheiro de Azevedo dirige-se aos manifestantes e pergunta "Queremos a democracia ou a intolerância? Queremos a disciplina ou a anarquia? Queremos o respeito pelas leis ou a confusão?; manifestantes respondem entusiasticamente gritam "Socialismo- Sim! Ditadura -Não!" e aplaudem.