A Mulher e o Fascismo: Mulheres que Lutaram – Pt I
Primeira parte do programa sobre os percursos de Maria Barroso, Margarida Tengarrinha e Isabel do Carmo, mulheres que se distinguiram na luta pela liberdade durante a ditadura salazarista, e que falam sobre as suas experiências nesse período, a Revolução de 25 de Abril, e o caminho a percorrer para consolidar a liberdade.
Resumo Analítico
Num jardim, Maria Barroso, militante do Partido Socialista (PS), fala sobre o que despertou a sua consciência política; as dificuldades financeiras da família; a acção antifascista do pai e as consequências da mesma; a infância marcada por dificuldades e o estado do país durante esse período; a caracterização do regime fascista, a passagem pela faculdade e os colegas que se opunham ao regime; as possibilidades de luta proporcionadas pela entrada para o Teatro Nacional Dona Maria II e para a faculdade; as acções de luta e os momentos de desilusão; a importância da liberdade e a necessidade de agir a pensar no futuro, ilustrado com fachada de prédio; jardim: arvoredo, bancos, fonte, nenúfares, pombos em lago, idosos sentados no banco; Maria Barroso sentada à porta de edifício e no pátio do Colégio Moderno, em Lisboa, com estudantes; fachada e entrada do Colégio. 07m37: Depoimento de Margarida Tengarrinha em off, sobre a sua infância em Portimão e o convívio com os pescadores, gerador do despertar da sua consciência política; os confrontos entre os pescadores e a Guarda Nacional Republicana; a vinda para Lisboa, os estudos no Liceu Pedro Nunes e a primeira manifestação política em que participou; a luta política na Escola de Belas Artes de Lisboa, como membro do Movimento de Unidade Democrática Juvenil; a expulsão de Belas Artes e as sanções consequentes; a entrada para o Partido Comunista, a clandestinidade e o assassinato de José Dias Coelho (companheiro, escultor e militante do Partido Comunista Português), ilustrado com Margarida Tengarrinha a caminhar e falar em terreno descampado junto a casario; fachada do Liceu Central de Pedro Nunes; portão do Jardim da Estrela; Margarida Tengarrinha a sair do Liceu e caminhar na Avenida Álvares Cabral, a descer a Calçada do Duque e a entrar na Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal (CTP); fachada da cooperativa; vista de Lisboa a partir da Calçada; Calçada. 13m20: Na zona industrial do Barreiro, Isabel do Carmo, médica, directora do jornal "Revolução" e militante do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), fala sobre a sua consciência política; a tradição de lutas operárias no Barreiro; a greve da Companhia União Fabril (CUF) e a suas consequências; a industrialização do Barreiro e a exploração dos trabalhadores; os percursos do avô e do pai; o convívio com anarcosindicalistas e comunistas; a participação no Movimento de Unidade Democrática Juvenil; as eleições presidenciais de 1958; as candidaturas de Arlindo Vicente, candidato apoiado pelo PCP, e de Humberto Delgado, candidato independente; a sua participação numa manifestação que foi recebida a tiro pelo Exército no Rossio, em Lisboa; a passagem pelo PCP e as razões da sua saída do partido; a participação nas Brigadas Revolucionárias, que precederam o PRP; o prejuízo da carreira como médica em prol da actividade política; a repressão de que foi alvo, a prisão em 1970 e os interrogatórios na PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado); os acontecimentos que levaram a que fosse perseguida pela polícia e a sua experiência na clandestinidade, intercaladas com vistas da zona industrial do Barreiro, Isabel do Carmo sentada, a descer escadas e a caminhar. 21m28: No jardim do Campo Grande, Maria Barroso fala sobre a repressão de que foi vítima, a sua posição antifascista, a proibição de continuar a ser actriz e de exercer a actividade de professora, a repressão vivida pelo pai, irmãos e marido, Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros.