Presidenciais 86: Debate Maria de Lurdes Pintasilgo vs Mário Soares – Parte I

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Primeira parte do debate moderado pelo jornalista Miguel Sousa Tavares entre Maria de Lurdes Pintasilgo, candidata independente, e Mário Soares, candidato do PS, às eleições presidenciais que se realizam a 26 de janeiro de 1986.

  • Nome do Programa: Presidenciais 86: Debate Maria de Lurdes Pintasilgo vs Mário Soares
  • Nome da série: ACTUAL
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Miguel Sousa Tavares, Maria de Lurdes Pintasilgo, Mário Soares
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Miguel Sousa Tavares. Produção: Teresa Claro. Realização: Manuel Tomás.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Jornalista Miguel Sousa Tavares apresenta debate e faz breve resumo da biografia dos candidatos. 04m28: Maria de Lurdes Pintasilgo afirma que a sua candidatura tem um projeto muito claro e explica que a situação económica e social está degradada e o sistema democrático enfraquecido; defende a democracia política mas, também, económica, social e cultural; afirma que a independência económica de Portugal é o traço que distingue a sua candidatura de Mário Soares. 08m11: Mário Soares afirma que a sua candidatura é em tudo diferente da de Maria de Lurdes Pintasilgo; refere o projeto, apoios e génese da sua candidatura como exemplos distintivos da candidatura da sua adversária; lembra que conhece o sistema político português por dentro, conhece as crises e pensa que deve intervir antes de novas crises se declararem. 13m36: Maria de Lurdes Pintasilgo diz ter pena que Soares continue parado no tempo; afirma que a eleição presidencial se faz numa relação direta entre cidadãos e candidatos e lembra que Mário Soares não pode dizer que o apoio de um partido qualifica melhor uma candidatura do que o apoio dos cidadãos; diz que não há plano de desenvolvimento desde o 1º Governo Constitucional e que temos vivido com soluções imediatistas; pergunta a Soares se é a partir do cargo de Presidente da República que vai implementar plano de desenvolvimento. 20m00: Soares garante que não está parado no tempo; diz que Pintasilgo tem um certo saudosismo do Maio de 68 e dos movimentos basistas, hoje anacrónicos; acusa a adversária de viver com obsessão do plano; diz que o seu discurso é o da esquerda moderna, que assimilou todos os fracassos do pós-Maio de 68 e das experiências mal sucedidas do Leste Europeu; afirma que sem liberdade não há desenvolvimento; lembra que todas as grandes reformas do pós-25 de Abril foram feitas por governos em que ele era Primeiro-Ministro. 31m43: Soares diz que Pintasilgo não terá meios para fazer tudo o que promete, caso seja eleita Presidente da República; afirma que ao criticar a política seguida nos últimos anos está, também, a criticar a atuação de Ramalho Eanes, atual Presidente da República; pergunta se a adversária entende que Eanes foi mau Presidente. 32m08: Marai de Lurdes Pintasilgo diz que já esperava que Soares lhe fizesse esta pergunta; lembra que sempre que uma sociedade sofre uma grande ruptura, como foi o 25 de Abril de 1974, se segue um período de 10 a 12 anos de instabilidade; diz que Ramalho Eanes, no primeiro mandato, tentou que os partidos políticos funcionassem de modo a fortalecer a democracia política; refere que no 2º mandato o Presidente da República podia ter tido uma posição clara em questões fundamentais. 43m02: Mário Soares afirma que Maria de Lurdes Pintasilgo está a entrar em pura utopia e em irrealismo total; acusa a adversária de desconhecer os mecanismos do sistema político português; diz que a demissão do governo defendida por Maria de Lurdes Pintasilgo levaria o próprio Presidente da República a ter de renunciar ao cargo; garante que aprecia as ideias trazidas pela candidata mas lembra que animação cultural é uma coisa, e ser Chefe de Estado é outra, completamente diferente.

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