Camões
No Dia de Camões, Vitorino Nemésio recorda a figura do grande poeta português, dissertando sobre o contraste existente entre o estilo épico de "Os Lusíadas", caracterizado pelo uso de simbolismos e referências mitológicas, e o de poesias como as "Redondilhas", de cariz mais popular e próximas da linguagem comum.
Resumo Analítico
Vitorino Nemésio; refere o poeta Roy Campbell, tradutor de textos de Camões para inglês; evoca a grandiosidade de Camões; refere a complexidade do poema épico, que por não ser de natureza popular, apela a múltiplos conhecimentos, daí a dificuldade dos estudantes; refere o livro "A chave dos Lusíadas" de José Agostinho; as obras de Camões, promovem-no a protótipo dos heróis nacionais, símbolo do destino de um povo; ler ou não ler Camões? Refere que o poeta, não pode ser lido à altura do símbolo que se tornou, pela própria natureza do poema épico, que tenta ressuscitar as formas da epopeia greco-latina, um produto complexo, pouco natural, que não é correspondente ao nível da língua comum; refere Os Lusíadas; destaca as redondilhas e a poesia inteligível e vulgarizável de natureza popular, que não carece de chave para decifrar; as redondilhas, a medida velha; lê redondilha "Cantiga a uma dama de apelido Anjos que lhe chamou diabo", "A Catarina"; sobre a importância de popularizar o Camões que foi natural à linguagem do seu tempo; refere a peça de teatro "O Auto de El-Rei Celeuco"; refere a poesia popular do poeta; refere os homens que tornaram possível a difusão de "Os Lusíadas" ao nível técnico: António Gonçalves, o impressor e o Padre Bartolomeu Ferreira, o censor.