Entrevista a Ernâni Lopes – Parte II
Segunda parte da entrevista a Ernâni Lopes, Ministro das Finanças e do Plano, conduzida pela jornalista Margarida Marante, com a colaboração dos economistas Francisco Sarsfield Cabral e Jaime Antunes, sobre o plano de recuperação financeira e económica apresentado ao Conselho da Concertação Económica.
Resumo Analítico
Continuação da entrevista: o Ministro das Finanças e do Plano esclarece que não haverá especialização das instituições bancárias, ponto que o Governo determinou não servir o país; afirma que é necessário haver instituições bancárias que consigam cobrir todo o território nacional em termos de necessidade de crédito agrícola; esclarece o ponto do programa no que diz respeito às fusões bancárias; 40m31: reitera a importância dada, pelo programa em causa, à abertura do sector aos bancos privados; acrescenta que o acréscimo de competitividade é útil à economia; confirma a extinção do IFADAP, e que a bonificação para facilitar o crédito não é uma via a ser tomada, sendo objectivo do Governo a criação de um crédito agrícola que sirva a economia portuguesa; 48m00: considera o vector da recuperação de empresas como o mais grave no plano de recuperação económica, indicando de que forma a linha de orientação do Governo para esta questão; sublinha a necessidade de criação de novos tipos de empresas; 56m22: responde às críticas da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa) e da CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal) sobre a reestruturação do sector empresarial do Estado; 01h08m27: indica que o programa é fruto da estabilidade financeira alcançada, para justificar que as medidas serão postas em prática ao longo dos próximos três anos.