Imagens de arquivo da entrevistada num programa de televisão "Música e Artistas"; em campanha eleitoral e a ser entrevistada na rua; imagens de uma festa na qual lhe é atribuído um prémio por Carlos Castro, também jornalista; em simultâneo, voz off, de alguns dados biográficos, nomeadamente o facto de ter nascido na Ilha de Moçambique no dia 25 de Dezembro de 1917, tendo no momento desta entrevista 74 anos; foi casada por três vezes, a primeira com 20 anos, a segunda com 40 anos e a terceira com 60 anos, é mãe de um filho de 51 anos e avó de dois netos; é filha de um major do Exército, Pires Falcão, reconhecido opositor ao Estado Novo tendo sido deportado em África; tem somente a 4ª classe, não obstante foi a primeira locutora da Radiotelevisão Portuguesa; usa o pseudónimo de Vera Lagoa que foi escolhido por Luís de Stau Monteiro na altura em que iniciou a sua coluna "Bisbilhotices" no jornal "Diário Popular", recentemente extinto; hoje, dirige o semanário "O Diabo" no qual assinou diversos artigos polémicos dirigindo ataques aos militares do 25 de Abril, tendo sido deste jornal que saíram as convocatórias para as manifestações nacionalistas do 1º de Dezembro; devido aos seus artigos polémicos foi processada mais de uma centena de vezes por alegado abuso de liberdade de imprensa mas só foi condenado por uma vez; 04m30: Início da conversa com a rectificação por parte da entrevistada de alguns dados biográficos referidos no início do programa, nomeadamente a idade do seu filho que são 52 anos; balanço da vida da entrevistada e referência a uma carta que o Carlos Cruz lhe fez chegar, remetida por ex-colegas de Vera Lagoa onde destacam algumas das suas características mais marcantes como a inteligência e a beleza, manifestando acerca desse facto a sua oposição às operações plásticas, afirmando "Mais vale ser honestamente velha"; comentário ao facto de ter sido considerada a mulher mais bonita de Lisboa; reporte à presença da figura do pai, Major Pires Falcão, em toda a sua vida; breve relato dos actos de perseguição perpretados sobre aquele e as tentativas da entrevistada para enobrecer a memória de seu pai, tendo conseguido que o mesmo fosse reintegrado no Exército como Coronel; realce para o seu primeiro emprego quando regressou da deportação com o seu pai, tinha ainda 16 anos de idade, para o arsenal de marinha do Alfeite; menção à educação que deu ao seu filho e à constante presença dos princípios de vida transmitidos pelo seu pai; realce para o período em que viveu em Cabo Verde, ainda com os seus pais, na Ilha de São Vicente e mais tarde na Ilha de Santo Antão; menção ao facto da sua família ter sido perseguida por motivos políticos; primeiros contactos com a profissão de jornalista, como secretária no "Diário Ilustrado", donde se destaca um pequeno episódio no qual a entrevistada após ter sido despedida por Miguel Urbano Rodrigues publicou um anúncio a oferecer-se como secretária para o "Diário Ilustrado"; imagens de arquivo.