Imagens de arquivo de fotografias de Francisco, de Benvinda, de Cátia e Maria, sozinhos, e em família, e de Cátia com Pedro, seu namorado; Francisco após o crime, sendo detido pela autoridade e levado a tribunal; moradia da família; reportagens dos jornalistas Sandra Claudino e Sérgio Vicente; Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde Francisco esteve detido e onde viria a cometer o suicídio; funeral das vítimas intercalado com planos de Sandra Felgueiras a consultar a página de Cátia na Internet, e depoimentos redigidos na rede social Facebook; testemunhos de familiar e de Ana Dores, empregada da família Esperança (não identificáveis, com vozes distorcidas, gravados em ambiente escuro e sombra de silhueta projetada numa parede (com sobreposição de legendas das declarações). Jornalista Sandra Felgueiras entrevista em estúdio Pedro Rodrigues, sobre o caso do triplo homicídio em Beja, perpetrado por Francisco Esperança, assassino da mulher, da neta e da filha Cátia, namorada de Pedro, que relata a sua vivência com as vítimas, com Francisco, reconstituindo os dias antecedentes à descoberta do crime e respondendo a questões dirigidas à sua reação e emoção. Maria de Lurdes,esposa de António Jorge, emigrante na Bélgica, que sofre um ataque cardíaco numa obra de construção civil e é abandonado na rua por Vítor, empreiteiro que o contrata clandestinamente; Lurdes diz querer justiça para que a situação não se repita. Bruxelas, vivos da jornalista Patrícia Lucas; simulação/reconstituição do caso, indisposição de "António" na obra, "Vítor" pede ajuda, transporte do corpo para uma carrinha e abandono deste numa rua, por parte do "empreiteiro", em vez de transportar "António" ao hospital; Lurdes relata a conversa tida com Vítor e a recusa de dinheiro para ficar calada, comove-se e chora enquanto fala, reporta que o marido é despojado de documentos e bens pessoais para poder parecer que foi vítima de assalto; jornalista Patrícia Lucas fala ao telemóvel com Carlos (em alta voz), alegado ajudante de Vítor no transporte do corpo de António, que a questiona quanto à obtenção do seu número, recusa ter auxiliado e desliga a chamada. Bélgica, Saint Gilles, vivo da jornalista Patrícia Lucas, ruas e casas da localidade, estabelecimentos comerciais com nomes em português, opiniões de emigrantes sobre o caso (legendado); capela de cemitério vista por entre gradeamento. 08m06: Túnel rodoviário visto de interior de viatura em andamento; Suíça, Zurique (imagens ao entardecer e de noite), campo de exilados políticos onde também vivem emigrantes portugueses, em contentores e casas pré-fabricadas, planos das habitações e de homem a transportar sacos, sobreposição de legendas de declarações proferidas em off; interior de uma das casas, onde, sentado à mesa de refeição, um dos emigrantes fala das condições de vida e das dificuldades, outro mostra o espaço exíguo do seu quarto, fala do dia a dia e das razões para ter emigrado; convívio dos portugueses na habitação; Fátima Caetano, emigrante residente no campo explica que a falta de espaço obriga-os a recusar a entrada de mais compatriotas; 10m42: Imagens noturnas, automóvel estacionado na rua, gelo no parábrisas e no chão, latas de conserva deixadas no solo. Depoimentos de Manuel Beja, Conselheiro Legal de Emigrantes inteercalados com planos seus, agasalhado, caminhando na rua com vestígios de gelo nas bermas. Paulo Pereira, ex-emigrante na Holanda conversa com Patrícia Lucas, a quem explica que foi contratado por empresa de trabalho temporário; a jornalista entrevista mulher responsável pela empresa (rosto desfocado, voz distorcida e sobreposição de legendas). 13m40: Planos gerais de carrinha onde entram passageiros, alegados emigrantes que partem para países europeus; jornalista Patrícia Lucas também entra na carrinha, planos seus e dos viajantes no interior do veículo (rostos desfocados), com a viatura em andamento, gravados através de câmara oculta; planos do transporte em movimento, visto a partir do carro da RTP que o segue numa auto-estrada. Crónica do jornalista Pedro Benevides, com recurso a grafismo, sobre as medidas de contenção e de austeridade tomadas pelo governo, destacando-se os cortes nos feriados e na tolerância de ponto pelo Carnaval.