Entrada em estúdio dos Batoto Yetu Portugal, com dança, seguida da entrada de Carlos Malato em jeep, como forma de anunciar o pendor africano deste programa. Como convidado está o radialista e jornalista, fundador da TSF, Emídio Rangel, apresentado por um vídeo biográfico. Rangel começa por descrever a região do Lubango, onde vivia em Angola, e fala da nostalgia que sente da beleza do continente africano tão bem ilustrada no filme "África Minha". Revela que começou a escrever muito cedo para o jornal do liceu que lhe abriu o caminho da rádio com um programa para a juventude e não mais parou, tendo experimentado todas as suas dimensões. Conciliou o trabalho de radialista no Rádio Clube de Angola com os estudos. A Rádio era o meu de comunicação por excelência dado não haver televisão. Criou um espaço de atualidades com reportagens sobre grandes eventos em todo o mundo. Intercala-se um Sketch com Cristina Areia e Ricardo Castro. A conversa prossegue com a recordação da saída de Angola sem nada e debaixo de fogo, tendo ao mesmo tempo a responsabilidade de proteger a família nesse êxodo sem possibilidade de sair pela companhia aérea angolana Luanda, sendo que as outras recusavam aceitar bilhetes desta. Foram salvos pela senhora do balcão da Lufthansa, que contra as regras aceitou os bilhetes. Afirma que o caos da descolonização se ficou a dever à perda de comando das forças armadas portuguesas que não asseguraram uma transição pacífica com danos para os dois lados, Angola e Portugal. Momento Musical com Maria de Barros e o tema "Mi Nada Um Ca Tem", que encerra a primeira parte do programa.