Sessão Solene na visita do Chefe de Estado a Angola
Luanda, sessão solene nos Paços do Concelho, no âmbito da visita a Angola do Almirante Américo Tomás, Chefe de Estado.
Resumo Analítico
Silvino Silvério Marques, Governador Geral de Angola, discursa sobre a defesa dos cidadãos feita pelos soldados no Norte e a recuperação e integração das populações refugiadas na floresta, onde é mantida pelo terror imposto pelos nacionalistas; a vigilância mantida pelos soldados no resto da Província; o orgulho da população nas Forças Armadas apesar do veneno da propaganda paga; o desenvolvimento da riqueza e a evolução social dos mais modestos possibilitadas pela acção militar no Norte e em toda a Província de Angola; o ambiente, as preocupações e o sentimento em que decorrerá a vista do Chefe de Estado. Américo Tomás, Chefe de Estado, agradece ao Presidente da Câmara Municipal de Luanda o acolhimento entusiástico com que foi recebido, dizendo que ficou comovido mas não surpreendido e discursa sobre a primeira viagem presidencial do Marechal Carmona em 30 de Julho de 1938 e a chegada de Diogo Cão em 1482, salientando a expansão do espírito português e da religião cristã em Angola na época e na actualidade; Chefe de Estado proclama a unidade indestrutível e eterna de Portugal de aquém e de além mar, recorda as palavras que o Rei do Congo dirigiu ao Marechal Carmona durante a sua visita em 1938 e o discurso proferido pelo Marechal Carmona em Luanda. Américo Tomás, continuando o discurso, fala no momento histórico e decisivo que Portugal está a viver e na perenidade da pátria, reafirmando que "Angola é Portugal e Portugal dos portugueses"; explica que Portugal vive um momento de defesa colectiva do que é seu porque a Europa perdeu o prestígio, a personalidade e o poder que a caracterizava abrindo as portas da África aos inimigos do Ocidente. Refere que Angola esteve sempre no coração dos portugueses que vivem na Europa, mas que depois de Março de 1961 passou a ser a sua obsessão, tendo sido mobilizados todos os recursos necessários à sua defesa e ao restabelecimento da ordem, esclarecendo que a sua visita é um dever de consciência e uma obrigação do cargo que cumpre com o maior entusiasmo em nome de todos os portugueses; individualidades na mesa de honra aplaudem.