Serviço Público de Televisão – Parte II

00:49:24

Segunda parte do debate moderado pela jornalista Judite de Sousa sobre o "Futuro da RTP", com destaque para o Serviço Público de Televisão e o seu financiamento. Participação de Joaquim Vieira, jornalista e ex-diretor adjunto de programas da RTP de 1996 a 1998, Paulo Branco, produtor de cinema, José Manuel Fernandes, diretor do jornal "Público", e Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa. A partir do exterior são convidados João Carlos Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Publicidade e Comunicação, Augusto Seabra, crítico de Cultura e Comunicação, Miguel Gaspar, jornalista e crítico de televisão, Mário Bettencourt Resendes, diretor do "Diário de Notícias", Frederico Ferreira de Almeida, diretor da produtora Freemantle, e ainda a opinião gravada de José Carlos de Vasconcelos, diretor do "Jornal de Letras".

  • Nome do Programa: Serviço Público de Televisão
  • Nome da série: Grande Informação
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Judite de Sousa, Joaquim Vieira, Paulo Branco, José Manuel Fernandes, Salvato Trigo, João Carlos Oliveira, Augusto Seabra, Miguel Gaspar, Mário Bettencourt Resendes, Frederico Ferreira de Almeida
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Judite de Sousa. Produção: Teresa Claro, Ana Pitas, Teresa Augusto. Realização: José Alves Fernandes.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Resumo das principais ideias: João Carlos Oliveira: - A indústria publicitária não está de boa saúde, a previsão para este ano ronda os 10% de decréscimo relativamente ao investimento no mercado publicitário. - Todas as estações de televisão irão ser afetadas por este problema. - Defende a necessidade da Televisão Pública continuar a ter publicidade, não existindo nenhuma incompatibilidade entre esta e Serviço Público. - Relativamente à possível privatização de um canal da RTP, duvida que venha a acontecer esta hipótese, pois o Estado tem que ter em atenção um possível duopólio que iria condicionar o acesso à publicidade, por parte de pequenas empresas. Joaquim Vieira: - A RTP é reformável "...com alguma dificuldade e com muita coragem..."; - Afirma desconhecer as ideias do governo relativamente aos problemas relacionados com hipotéticas dispensas de pessoal. - É necessário, por parte do governo, que se faça um estudo aprofundado sobre o problema da RTP. José Manuel Fernandes: - Perante o limite de crescimento do mercado publicitário, as televisões são as mais beneficiadas com a publicidade, existindo um problema de falta de regulação por parte do Estado. - Defende que 30 milhões de contos é um valor aceitável para o Serviço Público, sendo que, para si, não é aceitável para a RTP pois esta "...não é reformável...". - Relativamente aos trabalhadores, estes poderão ser transferidos (os considerados suficientes), para uma outra empresa a criar. Paulo Branco: - Tirar a publicidade do canal público seria um desastre para todos, pois o esforço financeiro do Estado teria de ser maior (para além de que, as televisões públicas têm que ter preocupações com as Audiências), além de que os canais privados já excedem neste momento o tempo existente para transmissão de publicidade. - Defende que cerca de 30 milhões de contos bem geridos, mais publicidade, são suficientes para administrar a Televisão Pública. - Apela ao Primeiro Ministro, Durão Barroso, para que este não se precipite relativamente às soluções a tomar. Salvato Trigo: - Relativamente aos ativos, estes são muitos, mas para decidir como os gerir é necessário fazer um estudo para redefinir o futuro da Empresa "....é preciso definir em primeiro lugar qual a política do atual governo para o Audiovisual, em Portugal (...) nós ainda não sabemos isso..."; - Apela para que haja bom senso, por parte do governo e que seja feito um bom diagnóstico da situação existente. Miguel Gaspar: - Faz votos para que a RTP seja reformável "...esse seria um esforço importante para mostrar que uma empresa pública, redimensionada, teria viabilidade...". - Defende uma RTP sem publicidade, ou com uma publicidade residual. Augusto Seabra: - Estão a ser dados passos precipitados por parte do governo. - É necessário repensar o quadro legal, quer a nível da redefinição geral da Radiodifusão, quer a nível de uma Lei de Bases Gerais de Cinema e Audiovisual. Mário Bettencourt Resendes: - O Estado deve cumprir os compromissos que assumiu com a empresa; após isso tem que se analisar a sua viabilidade (pensa que ela terá que ser redimensionada); uma futura empresa redimensionada terá que fazer Serviço Público, mas não com a matriz do Canal 2. - O futuro canal deverá prestar Serviço Público, com publicidade. Frederico Ferreira de Almeida: - Um canal 1, sem publicidade e com a filosofia do canal 2 irá fechar no período de um ano.

Termos e condições de utilização

Os conteúdos disponíveis estão protegidos por direitos de propriedade industrial e direitos de autor. É expressamente proibida a sua exploração, reprodução, distribuição, transformação, exibição pública, comunicação pública e quaisquer outras formas de exploração sem a autorização prévia da RTP. O acesso aos conteúdos tem como único propósito o visionamento privado e educacional sem fins comerciais. Para mais informações, entre em contato com o arquivo da RTP através do seguinte endereço de correio eletrónico: arquivo@rtp.pt .