00:02:00: Início do documentário com destaque para alguns dados biográficos, nomeadamente o facto de Rómulo de Carvalho ser natural de Lisboa e de, enquanto criança, ter elaborado a continuação de "Os Lusíadas" cujas estâncias foram publicadas no jornal "Notícias de Évora" que o próprio comenta; Em simultâneo, imagens de arquivo da margem norte do Tejo vista a partir de Lisboa, intercaladas com fotografias de Rómulo de Carvalho na sua infância; Narrador relata o sucedido no golpe militar de 28 de Maio de 1926 que instalou a ditadura em Portugal e que pôs termo à I República sendo acompanhado com imagens de um acampamento militar de tropas portuguesas e manifestações públicas nas ruas de Lisboa; Leitura de trechos do livro de Rómulo de Carvalho, "História do ensino em Portugal" que ilustra a referida revolta e a ditadura em Portugal que dali adveio; Imagens de arquivo de Salazar a discursar no acto de posse do cargo de ministro das Finanças, em 27 de Abril de 1928 que ilustram a afirmação da ditadura em Portugal; Imagens de arquivo do Terreiro do Paço nessa época; Comentário de Rómulo Carvalho à revolta de 28 de Maio de 1926 e ao facto de ter declinado um convite após a licenciatura em Ciências Fisíco-Químicas em 1931, para assistente universitário, dedicando-se ao ensino liceal; Leitura de trechos do livro "História do ensino em Portugal" que se reportam ao sucedido em 1935, seguida dos comentários de seus ex-alunos, José David-Ferreira, Joaquim Caldeira Rodrigues e Mário Casquilho às suas qualidades de professor de liceu; Nos finais de 1940 dedica-se à divulgação científica publicando artigos na "Gazeta de Física", factos testemunhados por Rui Namorado Rosa, que fazia parte do grupo de responsáveis, em conjunto com Rómulo de Carvalho, daquela publicação e Fernando Bragança Gil; Comentário de João Manuel Caraça, filho de Bento Jesus Caraça, ao facto deste ter ajudado Rómulo de Carvalho na publicação do livro "A Ciência Hermética" em 1947, acrescido do testemunho do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa sobre o período de 1947 no ensino em Portugal; Divulgação em 1954 de um artigo na "Revista filosófica" que cimenta as suas capacidades de investigador científico junto dos seus pares; Em simultâneo, comentário de Fernando Bragança Gil a essas capacidades de investigador e pesquisador; Em 1959, conjuntamente com Riley da Costa assina o livro "Noções elementares de Química", comentário de Rómulo de Carvalho a esse facto, seguido da sua fotografia com a segunda mulher e com os seus dois filhos; Referência ao facto de ter começado a escrever poesia com 50 anos de idade participando num concurso no Ateneu Comercial do Porto no qual ficou em terceiro lugar; Comentários de Lúcia Lepecki e António Mega Ferreira à poesia de António Gedeão, seguidas da explicação pelo próprio Rómulo de Carvalho da opção do pseudónimo, António Gedeão e o facto de ter ocultado durante algum tempo ser o autor dos escritos deste poeta, inclusive da sua mulher e dos seus alunos; Comentários a esse facto por parte de ex-alunas, Alcina do Aido, Helena Dá Mesquita, Maria do Céu Marques, Cândida Rosa e Helena de Sá; Realce para os métodos de ensino de Rómulo de Carvalho, comentados por ex-alunos; Imagens de arquivo da Assembleia Nacional introduzindo a narração de factos ocorridos na década de 60, realçando-se a luta de libertação nacional de Angola com imagens de nativos empunhando armas, revista às tropas portuguesas e embarque das mesmas para a guerra em Angola; Imagens de Paradas militares e manifestações de apoio às tropas portuguesas pelos populares; Militares na frente de combate; Em simultâneo, poemas "A malta das naus" e "Lágrima de preta" de 1961, cantados por Manuel Freire e comentados por Lúcia Lepecki; Imagens da greve de estudantes em 1962, manifestando-se contra a proibição das comemorações do Dia do estudante junto à Reitoria da Universidade de Lisboa; Na sequência, leitura de um poema a esse propósito da autoria de António Gedeão; Comentários do próprio e de José David-Ferreira, João Sá da Costa e José Mariano Gago ao pensamento revolucionário para a época, do poeta, traduzido nos seus poemas; De seguida novo poema cantado por Manuel Freire, "Poema da morte na estrada"; Em simultâneo, imagens de arquivo dos destroços provocados pela bomba atómica lançada na II Guerra Mundial. 00:38:00: Início com relatos de ex-alunos sobre o facto da descoberta pelos seus alunos que António Gedeão e Rómulo de Carvalho eram a mesma pessoa; Comentário de José Mariano Gago ao livro de Rómulo de Carvalho intitulado "Física para o povo", seguido da leitura de textos do referido livro pelo actor Luís Lucas e que traduzem experiências da física; Realce para o facto de, em 1967 ter incorporado o projecto de criar o primeiro Museu de Ciência em Portugal, comentado pelo próprio e Fernando Bragança Gil; Imagens de arquivo de Veiga Simão e de Marcelo Caetano, entretanto já no poder como ministro da Educação e Presidente do Conselho, respectivamente para ilustrar a participação de Rómulo de Carvalho no projecto do ministério da Educação a convite do primeiro; Comentários de João Sá da Costa e Alcina do Aido; Imagens de arquivo do programa televisivo "Zip Zip" no qual Manuel Freire perpetua o poema de António Gedeão, "Pedra filosofal" seguido de comentários dos próprios; Leitura de "Poema para Galileo" pelo actor Luís Lucas, comentado por Fernando Bragança Gil e João Sá da Costa; António Mega Ferreira diz e comenta o poema "Impressão digital" comentados por mais três ex-alunos; Imagens de arquivo do Liceu Pedro Nunes, em simultâneo Rómulo de Carvalho relata os seus tempos de professor naquela escola; Imagens de arquivo da revolução de 25 de Abril de 1974, retratando manifestações de rua com militares empunhando cravos enquanto passam carros militares nas ruas de Lisboa; Leitura de um poema inspirado nestes acontecimentos, "Revolução de Abril"; Comentário de Rómulo de Carvalho ao período conturbado vivido no Liceu Pedro Nunes durante o 25 de Abril de 1974 ao qual se acrescenta o comentário do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa; Alusão aos livros científicos publicados desde 1974 até hoje; Realce para o facto de, em 1995 ter recebido o título de "Doutor Honoris Causa" pela Universidade de Évora, em simultâneo imagens de arquivo dessa cerimónia e comentários de ex-alunos; Nos últimos anos tem-se dedicado à recuperação do Gabinete de Física do Museu Meinense da Academia das Ciências de Lisboa; Imagens de arquivo de aludido Museu com comentário de Rómulo de Carvalho; Referência às publicações de poemas em 1984, "Poemas póstumos" e em 1990 "Novos poemas póstumos"; Leitura de novo poema de António Gedeão pelo actor Luís Lucas; Comentários finais de Lúcia Lepecki, António Mega Ferreira e do próprio Rómulo de Carvalho à criação poética de António Gedeão.