Reunião da Assembleia do MFA em Lisboa
Lisboa, Instituto de Altos Estudos de Defesa Nacional, General Carlos Fabião, Brigadeiro Vasco Gonçalves e Capitão Vasco Lourenço pronunciam-se sobre os acontecimentos que constituíram a tentativa de golpe ocorrida a 11 de março e a posição do Movimento das Forças Armadas (MFA), após reunião da assembleia do MFA.
Resumo Analítico
Membros do MFA descem escadas, após a reunião. 18m47: Declarações do General Carlos Fabião, chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, sobre os acontecimentos ocorridos e remete para comunicado oficial quando é questionado sobre a postura e estratégia do MFA para o futuro. 20m20: Brigadeiro Vasco Gonçalves, primeiro-ministro, desce as escadas e faz declarações, afirmando estar cansado, em que saúda o povo português comparando-o às "lutas patrióticas" de 1383 e 1385 e as Forças Armadas incluindo o Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL 1), destaca a unidade entre o povo e as Forças Armadas que garante a continuação do processo democrático, apela à vigilância popular, afirma que esta tentativa de golpe não será a última e as dificuldades na transformação em direção à "via socializante"; Almirante António Rosa Coutinho desce as escadas. 23m54: Declarações do Capitão Vasco Lourenço sobre a participação de 200 oficiais, sargentos e praças na reunião onde se fez a análise dos acontecimentos de 11 de Março, a elaboração de listas dos oficiais demitidos e dos comandos e unidades implicadas, justifica a atuação dos soldados participantes no golpe pela ignorância dos objetivos, informa da nomeação da Comissão de Inquérito aos acontecimentos, a decisão de institucionalização do MFA e da formação do Conselho da Revolução como órgão executivo, a intenção de realizar eleições na data prevista, a intensificação de atividades cívicas das Forças Armadas e apoio à remodelação do governo, elogia a atuação dos soldados do Regimento Militar Ligeiro 1 e o apoio do povo ao MFA, confirma o envolvimento do General António de Spínola e refere a situação dos oficiais refugiados na embaixada da República Federal da Alemanha (RFA).