Quem derrotou Carrilho? – Parte II

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Segunda parte do programa de debate moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, em direto do Teatro Armando Cortez, na Casa do Artista, subordinado ao tema "Quem derrotou Carrilho?", com os convidados, Manuel Maria Carrilho, Professor Universitário da Universidade Nova de Lisboa, Ricardo Costa, Diretor da SIC Notícias, Emídio Rangel, Jornalista, Pacheco Pereira, Professor no ISCTE, e intervenções na plateia de Rui Pedro Baptista, Manager da Agência de Comunicação Cunha Vaz e Associados, e de Miguel Gaspar, Chefe de redação do "Diário de Notícias".

  • Nome do Programa: Quem derrotou Carrilho?
  • Nome da série: Prós e Contras
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Fátima Campos Ferreira, Manuel Maria Carrilho, Ricardo Costa, Emídio Rangel, José Pacheco Pereira, Miguel Gaspar
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Fátima Campos Ferreira. Produção: Gonçalo Silva. Realização: Rui Monteiro Romano.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

11h59m49: Intervenção de Pacheco Pereira:"... Carrilho é um intelectual (...) é muito mais árduo fazer política a partir de uma postura na qual se pretende manter um certo rigor intelectual, mas também qual é o preço que se paga quando se abandona essa postura (...) há um namoro com a mediatização (...). 12h08m53: Intervenção de Carrilho: "... Pacheco Pereira já escreveu sobre mim as mesmas coisas que escreve o tablóidismo (...) são facilidades que eu não esperava de si...". 12h13m36: Intervenção de Pacheco Pereira: "... neste livro (...) praticamente em todos os acontecimentos ou há um processo de intenção ou há uma afirmação que se percebe que não é factual (...) isto para mim é também uma forma de intervenção mediática (...) elas são [as frases] no limite da mesma natureza das coisas que critica aos jornalistas..."; "ao utilizar num vídeo de propaganda imagens da sua esposa, uma pessoa muito conhecida (...) ao fazerem isto [os políticos] colocam-se ao mesmo nível de espectacularização...". 12h18m39: Intervenção de Carrilho: "... tenho um currículo quer universitário, onde fiz sete concursos públicos, não sou um professor de aviário...". 12h19m46: Intervenção de Pacheco Pereira: "... se tinha razões para não cumprimentar naquele dia, não tinha razões para cumprimentar dias depois (...) do ponto de vista público isto parecem flutuações no qual a presença ou ausência das câmaras são o elemento fundamental (...) isso mostra uma cedência à mediatização (...) as pessoas podem não saber muito sobre o programa das pessoas mas têm um faro especial para relações de confiança". 12h22m23: Intervenção de Ricardo Costa: "... isto é que é Estalinismo puro (...) em termos de manipulação de coisas já publicadas estamos mais ou menos conversados e este livro [de Carrilho] está disponível, eu percebo que para si o ideal seria depois poder ir às redacções refazer as peças..."; "... há artigos em que eu acho que o candidato [Carrilho] é maltratado...". 12h27m32: Fátima Campos Ferreira pergunta a Ricardo Costa: "... mesmo na tua estação aceitas isso? (...) mesmo naquela reportagem no dia da votação quando diz que Carrilho vai votar acompanhado pela mulher e, desta vez, sem o filho Dinis...?" ao que o interpelado responde: "... podes dizer que essa frase é mais ou menos feliz mas é totalmente irrelevante para o resultado de uma campanha...". 12h28m35: Intervenção de Rangel: "... o Ricardo Costa que tenta passar sempre uma esponja (...) sobre as questões que devem aqui ser discutidas..."; "... esta preguiça no exercício do jornalismo (...) mau exercício jornalístico...". 12h32m33: Intervenção de Pacheco Pereira: "... a maioria dos políticos portugueses tem o mesmo tipo de razões de queixa (...) nada disso se aplica especificamente como se fosse um caso único à campanha de Lisboa de Carrilho (...) eu tenho então de discutir muitas outras coisas (...) congressos partidários em que estações de televisão (...) apareceram com microfones direccionais para ouvir conversas à distância..."; "... até este programa é vítima dessa degradação [do jornalismo] porque a maneira como ele é apresentado ao público é como uma espécie de luta de gladiadores ..." ao que a moderadora responde "essa agora, então o senhor aceitou vir aqui e não é a primeira vez que vem" e o mesmo retorque "... aceito exactamente porque os diretos têm esta imensa vantagem, não são editados..."; "... saber se efetivamente há retorno de jornalistas em relação à colocação de notícias (...) se são pagos por viagens ...". 12h37m09: Intervenção de Rangel: "... a democracia fica claramente posta em causa se as denúncias que ali são feitas...". 12h39m05: Intervenção de Miguel Gaspar, Chefe de redação do "Diário de Notícias": "quando falei sobre o lançamento do livro avisei (...) que não podia falar sobre algo que não tinha lido..."; "... a atenção dos jornalistas não foi muito dirigida a valorizar aquilo que (...) tem a ver com a parte substantiva (...) não foi específico da sua candidatura, aconteceu com todas as candidaturas em Lisboa, acontece, infelizmente, com todas as campanhas..."; "... há uma cultura de verificação que precisa melhorar muito no jornalismo português...". 12h47m33: Intervenção de Carrilho: "... em relação ao quarto poder, ao poder mediático e jornalístico não há escrutínio nenhum (...) este mau jornalismo vive num regime de impunidade...". 12h53m50: Intervenção de Rangel: "... a Portugal Telecom paga dezenas de avenças a uma série de jornalistas que não desempenham lá funções (...) devia ser tornado público (...) o nome desses jornalistas que são avençados mas não exercem... ". 12h56m39: Intervenção de Pacheco Pereira: "... vamos discutir a promiscuidade dos jornalistas com a política, com as empresas, no domínio económico, com os clubes desportivos (...) Emídio Rangel você foi uma das pessoas mais poderosas na Comunicação Social em Portugal durante anos dirigiu a mais importante estação (...) enquanto responsável pela SIC durante muitos anos não pode ter vivido sem conhecimento destes casos, se eles existem aconteceram nesses anos na SIC...". 13h08m02: Intervenção de Rui Baptista: "... Emídio concordo absolutamente consigo da mesma maneira que concordei quando muita gente o interpretou mal quando disse que uma estação de televisão vende sabonetes e presidentes e muita gente o interpretou mal (...) eu já não sou jornalista entreguei a carteira profissional e não me apresento como jornalista". 13h08m25: Intervenção de Rangel - "não disse nada disso, é mais uma das situações de mau jornalismo (...) esta afirmação (...) foi deturpada das formas mais variadas...". 13h10m17: Intervenção de Ricardo Costa - "se as agências [de comunicação] são tenebrosas então a campanha de José Sócrates foi tenebrosa, a campanha de Cavaco Silva foi tenebrosa...". 13h14m47: Intervenção de Carrilho: Lendo o Código Deontológico dos Jornalistas "... o jornalista, Ricardo Costa, deve utilizar meios leais, não sei se conhece a palavra, para obter informações, imagens ou documentos..."; "... você [Pacheco Pereira] a falar desse livro faz-me lembrar os comunistas a falar do seu livro sobre o Cunhal, eu estou de acordo com tudo mas não era bem...". 13h17m07: Intervenção de Pacheco Pereira: "... não, não eu substancio-lhe (...) a maioria dos erros que reconhece são da mesma natureza (...) que critica muitas vezes aos jornalistas (...) revela preocupações mediáticas que o colocam no mesmo discurso (...) daquilo que critica...". 13h19m42: Intervenção de Ricardo Costa: "quando Carrilho se diz vitima dos comentadores políticos, Pacheco Pereira, Miguel Sousa Tavares, Marcelo Rebelo de Sousa (...) todo este livro é um processo de vitimização total (...) Carrilho foi durante muitos anos comentador de televisões e de jornais, e bem, era um bom comentador, uma pessoa bastante ácida que não fugia às polémicas, pelo contrário, que usava argumentos e adjetivos muito fortes (...) a pura gelatina política de Marcelo (...) o que disse do Morais Sarmento que eu vou citar, porque você não é propriamente uma pessoa ingénua que aterrou anteontem na política". 13h20m50: Intervenção de Carrilho: "Quer começar por ler o que ele escreveu (...) é exactamente o mesmo que você fez com o aperto de mão, coloca uma parte e esconde a outra isso é de mentalidade policial não é jornalística, você realmente não tem emenda, isso é uma resposta não é um artigo de opinião". 13h21m38: Intervenção de Ricardo Costa: "... quando Nuno Morais Sarmento resolve assumir em público, quando chega a Ministro, que teve um problema de toxicodependência grave (...) por pior que ele tenha dito de si (...) não há nada que justifique isto [a sua resposta]". 13h22m58: Intervenção de Carrilho: "... os portugueses devem olhar para isto como o exemplo da informação cada vez mais persecutória, parcial que nós temos, Ricardo Costa você é a partir de hoje o rosto da vergonha do jornalismo português" ao que Ricardo Costa responde "... como você é o rosto da derrota eleitoral, é a vida, não tem problema nenhum".

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